As folhas das árvores balançam
Ao vento que sopra o entardecer,
As luzes dos postes colorem,
As cores lindas de se ver.
São as luzes da vida,
As luzes das cores,
As luzes dos caminhos de amores,
A donzela perdida, sentada
Ao banco de uma praça,
Com um caminho a seguir,
Por entre as árvores a balançar.
O vento sopra nos ouvidos o amor,
Os Zéfiros caminham pelo bosque
Com tanta dor, por não conseguir
Fazerem as cores das árvores
Plantarem no coração dos jovens
O Amor.
Caminhos largos, frescos
Por entre as folhas se formam,
Caminhos leves, sem cores,
Sem vida, sem emoção,
Mas a donzela escolhe o caminho ao sol,
Que machuca, que derruba, que resseca.
E as cores cantam, balançam, colorem.
E a donzela chora, implora.
Mas as folhas renascem e escondem o sol.
As luzes colorem as árvores, o vento sopra o amor.
E o caminho mais difícil torna-se agradável,
E o Amor torna-se válido e recompensante.
(Carlos A. T. Rossignolo)