quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Perdido nas ruas



Nessas ruas singelas,
Cheias de medos e perigos,
Ao olhar a luz da lua brilhar,
Em uma poça de água suja,
Mistura-se beleza à aversão.
Esse vento cheio de poeira,
Que refresca tanto minha alma,
Essa doçura de jardim,
Me lembrando cheiro do meu passado,
Me contrapondo mais uma vez,
Me mostrando que o mundo,
Em toda sua beleza faz-se sujo,
E em toda sua desonra,
Também sabe ser belo.
O cantar do rouxinol me lembrou um amor...
Nem sei se foi amor,
Sei apenas que senti, sorri, sofri e percebi,
Que o coração é um músculo,
E ele sempre vai bater,
Independente se você estiver nele ou não!

(Carlos A. T. Rossignolo)
(Capa por Ana Luiza Franco)