sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ausência

Quando eu precisava de seu carinho,
Me vi em um mundo tão sozinho,
Louco pra te encontrar e dizer,
Que você faz parte do meu viver.

Você não está aqui nesse momento,
E nem por isso deixei morrer o sentimento,
Juntei as estrelas comigo a cantar,
As ensinei um modo fácil de te amar.

Na brisa do vento, nas ondas do mar aberto,
Ouvi seu chamado de mim mais perto,
Enchi meu peito de amor,
Apenas pra de ti ter o calor.

Mas não estava lá, não ouviu as estrelas,
Não fez de sua boca a mim merecê-la,
E fiquei vagando em seu sorriso apagado,
Procurando sua essência por todo lado.

Onde está você nesse momento?
Onde está um abraço apertado?
Estão os sentimentos jogados ao vento?
Ou sou apenas eu que vivo amarrado?

(Carlos A. T. Rossignolo)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Perdão

Nos momentos tristes, eu te perdoo;
Nos momentos alegres, eu te perdoo;
Nas minhas angústias, eu te perdoo;
Nas minhas euforias, eu te perdoo;
Na minha raiva, eu te perdoo;
No meu amor, eu te perdoo;
Na minha frustração, eu te perdoo;
Na minha admiração, eu te perdoo;
Nas minhas ações; eu te perdoo;
Nas suas ações; eu te perdoo;
Nos beijos não dados, eu te perdoo;
Nos beijos evitados, eu te perdoo;
Nos abraços apertados, eu te perdoo;
Na distância mantida, eu te perdoo;
Nos meus erros, eu te perdoo;
Nos seus acertos, eu te perdoo;
Nas minhas carícias, eu te perdoo;
Nas suas mãos, eu te perdoo;
Na minha paixão, eu te perdoo;
No seu amor, eu te perdoo;
No seu perdão, me sinto perdoado;
No meu perdão, sinta-se amado.

O perdão é um sentimento que deve estar no coração de todo o ser humano, evitando passar pelos estágios da angústia, da indiferença e da morte de um sentimento que não deve morrer.

(Carlos A. T. Rossignolo)

Tempo, o verdadeiro deus

O tempo passa e a vida começa
No inicio é fácil, é tudo uma brincadeira
Passamos por fases essenciais sem muita pressa
E infância é maravilhosa, e temos ainda uma jornada inteira

Lá vem a adolescência, etapa enjoada
Nada é bom, amores vem e vão, preocupações que nos deixam loucos
Pessoas nunca nos obedecem, o pai é um carrasco, os irmãos implicantes e mãe ta sempre errada.
Os amigos não cobrem o vazio interminável e o melhor é muito pouco

Aos 18 anos é a vez do significado
Os amores não mais vão, vem e teimam em ficar
A saudade fica forte, o corpo treme, e o coração fica acuado
Com o passar do tempo o sentimento aumenta, e mais um significado, o de amar

Uma estrofe não é o bastante pra um momento tão oportuno, e tão vigente
Trago o contesto pra mim, eu - lírico estúpido, cheio de idealização
Que não consegue desviar o assunto, de um sentimento nada inteligente
Que me derruba me deixa completamente acorrentado, e sem reação

Onde está meu chão, piso em pregos sem você
Cadê meu sorriso, que ninguém mais vê
O tempo tem que passar, eu preciso te ter
Chega de solidão, eu não agüento mais um minuto, a pensar, a querer

Meu tempo é esse é apenas até aqui que eu vivi
Vivo uma paixão, que chamo de forte amor, e numa juventude, eis me aqui
Trilho meu caminho, com uma menina linda e não canso de repetir
Minha inspiração está com ela, assim como minha forças, não posso fingir

E essa menina com seus olhos vibrantes
Despertou um sentimento especial e realmente impressionante
Um segundo não passa longe dela, um minuto é uma vida, e um dia ja me deixa maluco, sem noção
A saudade aumenta o meu amor, e quando vejo aquela carinha, me derreto em lagrimas, não sei dizer não

Pensar se isso um dia termina, acho que nem o tempo pode dizer
Não vai terminar, mesmo que eu não tenha mais os mesmos momentos
Mas eu acredito nisso, eu não posso pensa negativo, porque as coisas são com o vento.
Levam as coisas leves primeiro, e o que for mais forte fica, e com a força que nesse amor posso ver
Que os Deuses coloquem a mão no nosso futuro, Porque tal não posso prever
Aliás o verdadeiro Deus, passa rápido, e eu posso notar e seu nome é o tempo.


(Lucas Chamas)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Estrela Na Janela II

Estava deitado em minha cama,
A solidão me consumia,
O desespero me açoitava,
A angustia me reprimia.
A noite lá fora só contemplada com o luar,
Sem nenhuma estrela, sem nenhuma promessa de vitória,
A escuridão dominava.
Por um chamado divino, levantei,
Abri a janela e contemplei o céu,
Limpo, escuro, enluarado,
Porém a minha guia não estava lá.
Não havia estrela, não havia esperança,
Somente a fé em meu peito pulsava, agarrava, me prendia,
Essa fé que me fez dar dois passos a frente e voltar.
Olhei novamente e não vi o brilho estelar que desejava.
Voltei, recuei, travei, desesperei, mas ousei,
A fé me fez voltar.
Ao olhar pela janela, em noventa graus estava ela, brilhando.
Meu peito pulsou, rasgou, chorou.
A estrela estava lá brilhando e me olhando,
Com um brilho dissipador, limpou minha mente,
Concretizou minha fé e mais uma vez me mostrou,
Que mesmo quando as coisas parecem perdidas, escuras,
Sem saída nem luz, há sempre a mesma estrela,
E ela vai estar lá olhando por mim,
Me amparando e me livrando das trevas.
Em uma voz doce me disse:
Há noites de choros e tormentas, mas o sol vem pela manhã!

(Carlos A. T. Rossignolo)