Estava deitado em minha cama,
A solidão me consumia,
O desespero me açoitava,
A angustia me reprimia.
A noite lá fora só contemplada com o luar,
Sem nenhuma estrela, sem nenhuma promessa de vitória,
A escuridão dominava.
Por um chamado divino, levantei,
Abri a janela e contemplei o céu,
Limpo, escuro, enluarado,
Porém a minha guia não estava lá.
Não havia estrela, não havia esperança,
Somente a fé em meu peito pulsava, agarrava, me prendia,
Essa fé que me fez dar dois passos a frente e voltar.
Olhei novamente e não vi o brilho estelar que desejava.
Voltei, recuei, travei, desesperei, mas ousei,
A fé me fez voltar.
Ao olhar pela janela, em noventa graus estava ela, brilhando.
Meu peito pulsou, rasgou, chorou.
A estrela estava lá brilhando e me olhando,
Com um brilho dissipador, limpou minha mente,
Concretizou minha fé e mais uma vez me mostrou,
Que mesmo quando as coisas parecem perdidas, escuras,
Sem saída nem luz, há sempre a mesma estrela,
E ela vai estar lá olhando por mim,
Me amparando e me livrando das trevas.
Em uma voz doce me disse:
Há noites de choros e tormentas, mas o sol vem pela manhã!
(Carlos A. T. Rossignolo)
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