terça-feira, 9 de outubro de 2012

Noites sem estrelas

Há momentos em que você se encontra em um quarto escuro,
Em que nenhum feixe de luz atravessa sua janela,
Pois ela está cheia de poeira e enferrujada.

Em outros momentos você consegue abri-la,
Observar o céu e ver que há estrelas a te observar,
Então você percebe que não está sozinho.

Mas, como tudo na vida é mutável,
Em outros momentos você tenta enxergar as estrelas,
Mas as nuvens cobriram o céu.

Nesses momentos corre um filme em sua mente,
Ilusões perdidas, sonhos roubados, desejos privados.
E então você percebe que a estrela que necessita brilhar está dentro de você,
Pois as que estão lá fora não conseguem sempre transmitir sua luz.

É nessas noites sem estrelas que saberá o quão forte é, ou o quão fraco.

(Carlos A. T. Rossignolo)

domingo, 20 de maio de 2012

.

Não há nada que destrua mais o seu coração do que a doação total à alguém e essa possoa se mostrar indiferente. Essa é a maior arma para se destruir um amor!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Amizade


"Como pode causar nos corações humanos, Amizade, 
Se tão contrário a si é o Amor?"

No peito um coração cheio de mistérios,
Na mente palavras sinceras ditas,
Ações ponderadas cheias de critérios,
Assim são amigos de toda vida.

Na amizade encontra-se perdão,
Na amizade encontra-se carinho,
Na amizade encontra-se sermão,
E nunca com o amigo está sozinho.

A vida vai passando de repente,
O céu de noite e dia se pintando,
O mundo cresce mais de tanta gente,
Só o amigo é que te ve chorando.

Nas horas tristes um ombro dá,
No vento frio a blusa cede,
Das lágrimas perdidas ele cuida,
Não mais que um sorriso de ti pede.

A vida toda te amará,
Brigas e intrigas se apagarão,
Diante da amizde nascerá,
A mais linda e pura compaixão!

(Carlos A. T. Rossignolo)

sábado, 31 de março de 2012

.

O sol está se pondo no horizonte,
Já não sinto o ser em mim,
Em mim apenas sinto aquela dor
Que engole, implode, explode.
O meu peito fica assim reprimido,
Tentando seus temores expressar,
Mas por onde ando, por onde me entrego,
Acho mais lágrimas pálidas que molham minha face,
No lugar de seus beijos molhados.
A noite já domina o cenário de minha mente,
Está tudo escuro, tudo nublado, tudo mudado,
Um insulto, mil pulsações, um milhão de lágrimas.
Com toda minha tristeza posso dizer, vocês máquinas
São mais dignas de confiança do que seus criadores.
Vocês não possuem olhos para trair,
Bocas para ofender,
Desejo para matar,
Raiva para esmagar,
Amor para causar nesses corações de carne
Sua mais vil perdição!

(Carlos A. T. Rossignolo)


quinta-feira, 22 de março de 2012

Deus está para o Homem, assim como o Poeta para a Poesia. Nós somos a Poesia Divina!

(Carlos A. T. Rossignolo)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Atenas x Esparta

Das terras helênicas surgem duas gigantes,
Cidades-Estado tão fortes que colocaram o mundo
Sob seu mais vil capricho. Potência de deuses resplandescentes,
Senhoras da terra e dos mares. Berço de nossa memória.

Cultura ao nascer do sol, poesia ao pairar da lua,
Mentes agitadas crescendo no Mediterrâneo.
Nobres de cor púrpura filosofando o mundo,
Geração de dúvidas segundo após segundo.

Espadas vermelho de sangue rubro,
Mantos carmim de glória e orgulho,
Soldados, máquinas, guerra, homens,
Deuses da luta envolta de ninfas.

Em Atenas obras clássicas ressaltam a cultura
De um povo antigo e próspero,
Do berço da democracia e a inspiração
Dos mais belos feitos humanos heróicos.

Em Esparta seus filhos fortes homens,
Seu rei bravo e destemido, que na conquista
Por força subjulgava o mundo, e na armas
Construía a mais poderosa cidade bélica helena.

Oh Esparta, Oh Atenas...
Se eram feitas de homens,
Homens filósofos, homens soldados,
Se tinham Acrópole, Gerúsia, Eforato,
Por que permitem que se percam em vocês
Seus valores, suas glórias?
Porque o Pártenon permanece
E suas políticas de ética e humanidade não?
Porque permitem que vivamos no caos,
Sendo que pelo seus nascimentos
Aprendemos a desgualdade social?
Oh Paterfamilias... Por que dividiu seu genos?
Por que seus Eupátridas nos ensinaram a miséria
De nossas propriedades privadas e cultivaram o
Egoísmo n´alma de tão puros homens?

(Carlos A. T. Rossignolo)

sexta-feira, 9 de março de 2012

A Igreja e o Museu

Fazia frio e chovia numa noite sem luar,
As gotas d´água escorriam pelos olhos dos vitrais,
A catedral toda imponente não temia o relampejar,
E suas idolatrias zombavam o humano de forma sagaz.

Fazia calor e a luz do sol ao museu resplandecia,
Seus corredores tão longos traziam nossa história,
Relembrando o fascínio que a humanidade se esquecia,
Construindo as maravilhas de nossa racionalidade na memória.

O dinheiro que a Santa acumulava,
Não trazia em si o amor incondicional,
Mas sim o mundo que na alma reprimia e a matava.

As belas obras produzidas por mente animal,
Por si da divindade e do carinho declamavam,
A mais bela poesia de Deus sem igual.

(Carlos A. T. Rossignolo)