quinta-feira, 1 de julho de 2010

Nevoeiro




Era um entardecer cansativo e frio,
Entre as árvores luzia uma fúnebre luz,
Naquele branco pálido sentia um vaziu,
Algo que a solidão e a morte nos conduz.

Sentado em um banco quebrado,
Embaixo de uma grande e negra árvore,
Olhava os movimentos, as pessoas ao lado,
Que estavam gélidas como o mármore.

Das trevas saiam sons,
Das moitas corriam ventos,
Das bocas proviam dons.

A cada passo me fazia atento,
Olhava o relógio em tons,
E precisava ir, por em movimento.

(Carlos A. T. Rossignolo)

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