Faziam apagar dele suas imagens,
Imagens brancas, de santos e anjos,
Todos heróis, mas apenas imagens.
Seus corredores mortos,
Suas promessas apagadas,
Seus vitrais chorando,
A chuva que corria lá fora.
Quantas mentiras, quantos passes
Comprados diretos para os aposentos eternos.
Quantas pessoas desesperadas por uma ideologia
Sem nem entenderem o Amor.
Quanto ouro reluzindo em suas taças,
Quanta prata em seus cálices,
Que não conseguem dissipar com seu brilho,
A escuridão de seu passado.
Nem os santos, nem os anjos,
Nem os papas, nem as imagens em ouro,
Nem os vitrais reluzentes, nem Michelangelo,
Podem disfarçar o sangue jorrado outrora.
(Carlos A. T. Rossignolo)
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