quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Soneto de Desespero

Ó senhores do tempo,
Donos do mundo moderno,
Na minha angústia fiquem atentos,
E o meu fôlego façam eterno!

Ó sombras do passado,
Deixem minha mente crescer,
Enterrem o que está findado,
E deixem o que é vivo viver!

Não esqueçam dos pobres mortais
Ó ventos, céus e mares.
Não deixem de reparar nos iguais,

Que sofrem noite e dia,
Que tentam arrancar a angústia,
Do peito que está em eterna agonia!

(Carlos A. T. Rossignolo)

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