segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Alado




Estava com as brancas asas abertas
Flutuando nas brumas altivas,
Tinha uma mente destra e esperta,
Tentara todas as tentativas.

Esse anjo olhava por entre as águas,
E via o bloco de gele brilhando,
Nesse falso diamante depositava suas mágoas,
E os raios de sol por ele transpassando.

Naquele imenso e espelhado mar,
De águas tranquilas e geladas,
Fundia-se o seu mais fixo olhar,
Em antigas histórias passadas.

Aquele vento que pairava frio,
Levava seus loiros cabelos
Que dançavam no vazio,
E os quais jamais poderiam tê-los.

Aquele bloco de gele estático,
Defendia a água dos raios do sol,
Refletia sua luz ao céu fantástico,
E o mar aconchegava como lençol.

O anjo ruflou suas asas,
Passou pela reluzente água marinha,
Lembrou dos amores que tinha
E jurou não mais amar.

(Carlos A. T. Rossignolo)

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