quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Correntes

Tenho minhas asas abertas para voar,
Meus pés limpos e leves a desprender o chão,
Minha mente no céu mais distante a navegar,
E meus ouvidos em sua doce oração.

Elas abrem e começam a ruflar,
Transformando brisas em um tufão,
Batem aos ares sem num instante parar,
Observando essa maravilhosa ilusão.

Quando já dos pés tocando o ar,
Uma gota escorre às mãos,
Calada, com o sal do mar,

Estava acorrentado aos teus olhos de paixão,
Estava em um instante a sonhar,
Estava preso as correntes do seu coração.

(Carlos A. T. Rossignolo)

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