domingo, 9 de janeiro de 2011

Na Imagem do Tempo


Quando o vento passava frio,
Quando a noite chegava quieta,
Quando me dominava o vaziu,
Quando deixava as coisas incertas.

A névoa descia ao chão,
Beijava-lhe a face escura,
E deixava-o na maior solidão,
Sem qualquer lembrança de ternura.

Ouvia-se o chorar desesperado,
Que o chão bradava ao vento,
E os pássaros todos desconcertados,
Rasgavam o céu em um momento.

A escuridão abraçava a paisagem,
As árvores sussurravam paixão,
Já se podia ver a imagem,
Deixada pelos amantes da decepção.

(Carlso A. T. Rossignolo)

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