Tenho minhas asas abertas para voar,
Meus pés limpos e leves a desprender o chão,
Minha mente no céu mais distante a navegar,
E meus ouvidos em sua doce oração.
Elas abrem e começam a ruflar,
Transformando brisas em um tufão,
Batem aos ares sem num instante parar,
Observando essa maravilhosa ilusão.
Quando já dos pés tocando o ar,
Uma gota escorre às mãos,
Calada, com o sal do mar,
Estava acorrentado aos teus olhos de paixão,
Estava em um instante a sonhar,
Estava preso as correntes do seu coração.
(Carlos A. T. Rossignolo)
"Os poetas não têm pudor em relação às próprias experiências: eles as exploram!" Friedrich Nietzsche
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Alado

Estava com as brancas asas abertas
Flutuando nas brumas altivas,
Tinha uma mente destra e esperta,
Tentara todas as tentativas.
Esse anjo olhava por entre as águas,
E via o bloco de gele brilhando,
Nesse falso diamante depositava suas mágoas,
E os raios de sol por ele transpassando.
Naquele imenso e espelhado mar,
De águas tranquilas e geladas,
Fundia-se o seu mais fixo olhar,
Em antigas histórias passadas.
Aquele vento que pairava frio,
Levava seus loiros cabelos
Que dançavam no vazio,
E os quais jamais poderiam tê-los.
Aquele bloco de gele estático,
Defendia a água dos raios do sol,
Refletia sua luz ao céu fantástico,
E o mar aconchegava como lençol.
O anjo ruflou suas asas,
Passou pela reluzente água marinha,
Lembrou dos amores que tinha
E jurou não mais amar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Desconexo
Não sei o que pensar sob este céu,
Não quero mais estar sobre o mar,
Em minha cabeça há um negro véu,
Pois achei que um dia soubesse amar.
Achei por ingênua inocência,
Que em seu abraço estaria seguro,
Que em sua boca não havia carência,
Que poderia transpor qualquer muro.
Pensei que você havia se entregado,
Que sua mente estava em meu ser,
Que era a mim que havia amado,
Que eu era o motivo do seu viver.
Sonhei sonhos lindos para nós,
Praias desertas, castelos abandonados,
Mas hoje, meus passos andam sós,
E levo os sonhos nunca concretizados.
Amei seus beijos, sua boca, seu abraço,
Tentei sentir o seu amor que pulsava,
Criei um forte pensamento, um laço,
Mas não era a mim que seu coração chamava.
Você foi uma decepção, talvez por eu ter criado,
Um mundo imaginário, de pura fantasia,
Em que eu seus braços eu era amado,
E que em ti me vinha toda a alegria.
Por você eu quis ter o sol, pra te dar,
Por você eu fiz a lua ao mar beijar,
Por você eu me vi contente,
Por mim, decidi seguir em frente.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Não quero mais estar sobre o mar,
Em minha cabeça há um negro véu,
Pois achei que um dia soubesse amar.
Achei por ingênua inocência,
Que em seu abraço estaria seguro,
Que em sua boca não havia carência,
Que poderia transpor qualquer muro.
Pensei que você havia se entregado,
Que sua mente estava em meu ser,
Que era a mim que havia amado,
Que eu era o motivo do seu viver.
Sonhei sonhos lindos para nós,
Praias desertas, castelos abandonados,
Mas hoje, meus passos andam sós,
E levo os sonhos nunca concretizados.
Amei seus beijos, sua boca, seu abraço,
Tentei sentir o seu amor que pulsava,
Criei um forte pensamento, um laço,
Mas não era a mim que seu coração chamava.
Você foi uma decepção, talvez por eu ter criado,
Um mundo imaginário, de pura fantasia,
Em que eu seus braços eu era amado,
E que em ti me vinha toda a alegria.
Por você eu quis ter o sol, pra te dar,
Por você eu fiz a lua ao mar beijar,
Por você eu me vi contente,
Por mim, decidi seguir em frente.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Pico e Vale
É quando o vento sopra
Em uma corrente constante,
Quando a terra seca prova
O molhado da gota errante.
O sol morre, a noite nasce,
Os lobos uivam no pico,
Como se as montanhas falassem,
E enxergam o vale longínquo.
No vale o rio desce suave,
Carregando consigo a alegria,
Levando as caídas neves,
Traçando um caminho de fantasia.
Para se ver o pico, deve-se estar no vale,
Para detalhar o vale, deve-se estar no pico.
São outras realidades, outras paisagens,
Mas a vida nos mostra a importância,
De se colocar em posições opostas,
Para que se possa entender seus caprichos.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Em uma corrente constante,
Quando a terra seca prova
O molhado da gota errante.
O sol morre, a noite nasce,
Os lobos uivam no pico,
Como se as montanhas falassem,
E enxergam o vale longínquo.
No vale o rio desce suave,
Carregando consigo a alegria,
Levando as caídas neves,
Traçando um caminho de fantasia.
Para se ver o pico, deve-se estar no vale,
Para detalhar o vale, deve-se estar no pico.
São outras realidades, outras paisagens,
Mas a vida nos mostra a importância,
De se colocar em posições opostas,
Para que se possa entender seus caprichos.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Tardes Sem Fim
Oh tardes! Tardes com gosto de rosas,
Meu peito se alegra, meus olhos em lampejo ,
Minha mente flutua, em conversas gostosas,
Me sinto seguro ao provar seu beijo.
Oh tardes! Tardes sem fim,
Em riqueza de detalhes viajo,
Nesse céu estrelado de marfim,
Te olho calmo, calado.
Meu sorriso ofusca o universo,
Meu suor preenche o mar,
Seu jeitinho perverso,
Todo querendo me conquistar,
E destas tardes saem esses versos,
Que em seu mundo, me fazem viajar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Meu peito se alegra, meus olhos em lampejo ,
Minha mente flutua, em conversas gostosas,
Me sinto seguro ao provar seu beijo.
Oh tardes! Tardes sem fim,
Em riqueza de detalhes viajo,
Nesse céu estrelado de marfim,
Te olho calmo, calado.
Meu sorriso ofusca o universo,
Meu suor preenche o mar,
Seu jeitinho perverso,
Todo querendo me conquistar,
E destas tardes saem esses versos,
Que em seu mundo, me fazem viajar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Lágrimas e Luz
Em meus olhos viam-se sombras,
Em meu peito floriam medos,
Em minha mente nasciam desilusões,
Por minhas mãos, escapavam sonhos.
Em meu deitar sentia sua ausência,
Em meu despertar não havia abraço,
Em meu mar as ondas eram de açúcar,
Por elas os beija-flores inclinavam-se.
Mas em uma noite de chuva, fria e morta,
Em que as janelas batiam ferozmente contra a parede,
E o vento trazia os mais bizarros gemidos da dor,
Por uma fenda no teto eu pude ver a esperança.
Luziu fortemente um raio de sol todo alaranjado,
Um feixe de luz que se decompôs em minhas lágrimas,
Tornando-se um espectro de luz com as mais perfeitas cores,
E trazendo a vida novamente ao meu coração.
O vento cessou, já não havia mais chuva, nem frio,
As flores brotavam no meu jardim em pares,
E a noite vazia passou, deixou marcas e levou sua dor,
E o dia de sol chegou, me fazendo ver a beleza da vida.
Se não fosse as lágrimas que caíram de meus olhos,
A luz não se dividiria nas mais divinas cores,
Eu não poderia ver em um dia de sol as mais belas coisas,
E sem as lágrimas, a vitória não teria esse gosto.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Em meu peito floriam medos,
Em minha mente nasciam desilusões,
Por minhas mãos, escapavam sonhos.
Em meu deitar sentia sua ausência,
Em meu despertar não havia abraço,
Em meu mar as ondas eram de açúcar,
Por elas os beija-flores inclinavam-se.
Mas em uma noite de chuva, fria e morta,
Em que as janelas batiam ferozmente contra a parede,
E o vento trazia os mais bizarros gemidos da dor,
Por uma fenda no teto eu pude ver a esperança.
Luziu fortemente um raio de sol todo alaranjado,
Um feixe de luz que se decompôs em minhas lágrimas,
Tornando-se um espectro de luz com as mais perfeitas cores,
E trazendo a vida novamente ao meu coração.
O vento cessou, já não havia mais chuva, nem frio,
As flores brotavam no meu jardim em pares,
E a noite vazia passou, deixou marcas e levou sua dor,
E o dia de sol chegou, me fazendo ver a beleza da vida.
Se não fosse as lágrimas que caíram de meus olhos,
A luz não se dividiria nas mais divinas cores,
Eu não poderia ver em um dia de sol as mais belas coisas,
E sem as lágrimas, a vitória não teria esse gosto.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Peguei a caneta e fiquei a pensar,
Pensei no azul do céu, no verdo do mar,
Pensei nas chances perdidas, nas almas partidas,
Pensei nas vozes faladas, nas emoções roubadas.
Não parei de pensar, não parei de gostar,
Ouço a música vibrando, meu coração apertando,
Vejo as coisas caindo, vejo o brilho sumindo,
Não sei mais o que estou sentindo.
Sentimento, dor, amor, rancor.
As coisas passam, a vida passa.
Não me entrego mais a esse amor.
As cores escuras, sem graça,
Eu vou recomeçar meu amor,
Mas dessa vez, será sem você.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Pensei no azul do céu, no verdo do mar,
Pensei nas chances perdidas, nas almas partidas,
Pensei nas vozes faladas, nas emoções roubadas.
Não parei de pensar, não parei de gostar,
Ouço a música vibrando, meu coração apertando,
Vejo as coisas caindo, vejo o brilho sumindo,
Não sei mais o que estou sentindo.
Sentimento, dor, amor, rancor.
As coisas passam, a vida passa.
Não me entrego mais a esse amor.
As cores escuras, sem graça,
Eu vou recomeçar meu amor,
Mas dessa vez, será sem você.
(Carlos A. T. Rossignolo)
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