segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Fuga

Era noite quando eu buscava seu perfume,
Na janela o vento soprava, me trazendo solidão,
E sua ausência me mata, me pune,
Castiga irreversívelmente meu coração.

Busque seus olhos, vire-os para mim,
Me devolva seu cheiro, se abraço meigo,
Me mostre que a vida pode não ter fim,
E me faça amar como se do amor, fosse leigo.

Onde estás a minha vontade de viver?
Onde estás a chama do meu peito?
Onde estás toda a fonte de alegria?

A perdi com meu medo de te perder.
Repousa sobre o meu frio leito.
Já não mais está onde eu jazia.

(Carlos A. T. Rossingolo)

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