quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Intrínseco

Eu sou o céu que está luzindo,
Nas nuvens esse brilho findo,
Refletido pela gotas de água,
Que em minha face se fez mágoa.

Eu sou o barco que está partindo,
Nas ondas que estavam vindo,
Nesse imenso e contrário mar,
Que para longe de mim me faz navegar.

Eu sou o sol que está queimando,
Em meu peito que está amando,
O seu jeito, o seu olhar,
Uma luz que na escuridão me faz andar.

Eu sou o vento que espalhou,
As tristezas mas que amou,
O seu falar, o seu sentir,
E já não quero desistir.

Eu sou a flor do jardim,
Que mesmo frio, exala jasmim,
Que não quer perder,
A razão do meu viver.

Eu sou eu, eu sou você,
Eu sou o amor que já não ve,
O meu eu está em ti,
Já não vejo o que eu sofri.

Eu sou o corção que está batendo,
Eu vejo um anjo me trazendo,
A vontade de viver,
O prazer em te querer.

Já não sei se eu tardei,
Mas contigo eu errei,
Contudo, posso te falar,
Que você é meu céu, meu chão, meu ar.

(Carlos A. T. Rossingnolo)

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