quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cartas

Fiz cartas de amor pra ti,
Pelas cartas cruas vivi,
Mas não achei nelas quão
Doce nome ser padrão.

Elas viram a brisa fria,
Nas noites de calmaria,
Da janela entrar discretas,
Pela dor que ainda resta.

Elas viram meu vão chorar,
Esses negros versos falar,
Do amor inalcansável,
Da amada inatingível.

Elas viram o fogo ardente,
Queimá-las contentemente,
Ao zombar do meu amor,
Ao meu peito por a dor.

(Carlos A. T. Rossignolo)

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