quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Floresta

Em densa noite vazia,
Uma árvore a mim sorria,
Com as folhas ao vento triste,
Só a dor aqui existe.

A névoa pálida conduz,
O rio mostra vaga luz,
Das tumbas o orbe ausente,
De um lugar que foi contente.

Suas folhas cortam a vida,
Suas flores são fúnebres,
Seus ruídos são despedida.

Os mortos a ela imunes,
As lágrimas caem despidas,
Já não exala perfumes.

(Carlos A. T. Rossingolo)

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