Queria transpor esse mundo, roubar um pouco de cada um, me tornar um ser inteiro, prefeito, lindo, amável.
Mas vou vivendo com o que eu tenho...
(Carlos A. T. Rossignolo)
"Os poetas não têm pudor em relação às próprias experiências: eles as exploram!" Friedrich Nietzsche
terça-feira, 31 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
Carência
Nessa triste e vazia mesa,
Há uma cadeira ausente,
Me trazendo a tristeza,
Dessa noite calma luzente.
Olho uma estrela na janela,
Que me ofusca ao brilho dela,
E a vela na mesa brilhando,
Faz o tempo ir passando.
Seus braços me envolvendo,
Fico imaginando sofrendo,
As horas passam sem pressa,
A sua boca me beija depressa.
O vento corta minha face,
Terminando esse triste disfarce,
Olho novamente a cadeira
E fico sozinho a vida inteira.
(Carlos A. T. Rossingolo)
Há uma cadeira ausente,
Me trazendo a tristeza,
Dessa noite calma luzente.
Olho uma estrela na janela,
Que me ofusca ao brilho dela,
E a vela na mesa brilhando,
Faz o tempo ir passando.
Seus braços me envolvendo,
Fico imaginando sofrendo,
As horas passam sem pressa,
A sua boca me beija depressa.
O vento corta minha face,
Terminando esse triste disfarce,
Olho novamente a cadeira
E fico sozinho a vida inteira.
(Carlos A. T. Rossingolo)
Ausência
Sua presença eu não sinto mais,
O mundo já não me satisfaz,
Me perco em meus sonhos ausentes,
Sendo a mim tristeza tangente.
Não há lugar calmo que dê,
A explicação e o porquê,
Não há mais nenhuma razão,
Que me dê lógica explicação.
O mundo perdeu a graça,
Não há nada que eu faça,
Para conseguir te esquecer,
Nesse meu vazio viver.
Onde está você, doce amor?
Que em minha vida colocou dor,
Que me deixou tão dependente a ti,
Que me fez saber que foi por ti que eu vivi.
(Carlos A. T. Rossignolo)
O mundo já não me satisfaz,
Me perco em meus sonhos ausentes,
Sendo a mim tristeza tangente.
Não há lugar calmo que dê,
A explicação e o porquê,
Não há mais nenhuma razão,
Que me dê lógica explicação.
O mundo perdeu a graça,
Não há nada que eu faça,
Para conseguir te esquecer,
Nesse meu vazio viver.
Onde está você, doce amor?
Que em minha vida colocou dor,
Que me deixou tão dependente a ti,
Que me fez saber que foi por ti que eu vivi.
(Carlos A. T. Rossignolo)
A Ilha do Medo
Há momentos em que me perco em meus pensamentos, sentimentos, emoções. Nesses momentos me sinto sozinho, em uma ilha escura, separado de todos por um vasto oceano negro e furioso. Nessa ilha perdem-se sonhos e realidade, fundindo-se em um inexplicável fluxo. Criaturas se misturam, as ondas colidem-se com as rochas, os pássaros, apesar de saberem voar, não são livres.
Essa ilha é minha mente. Nela vivem meus sonhos, meus pesadelos. Nela encontro meu paraíso e minha prisão. Nela me perco e me encontro. Nela eu busco minha identidade, em vão. Algumas vezes ela me trai e atrai, assim como meus sentido. Vivo em um mundo subjetivo, buscando algo sólido em que posso me firmar, mas temo que em minha ilha, não o encontrarei.
Essa ilha é minha mente. Nela vivem meus sonhos, meus pesadelos. Nela encontro meu paraíso e minha prisão. Nela me perco e me encontro. Nela eu busco minha identidade, em vão. Algumas vezes ela me trai e atrai, assim como meus sentido. Vivo em um mundo subjetivo, buscando algo sólido em que posso me firmar, mas temo que em minha ilha, não o encontrarei.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Não precisamos do campo (fugere urben), não precisamos do cotidiano (aurea mediocritas), podemos acrescentar o inútil (inutilia truncat), mas não podemos deixar de" Carpe Diem"...
Nossa função para achar a felicidade e ter uma vida aprazível é saber equilibrar as coisas, agir de forma sábia.
Se conseguirmos nos decifrar, nos entender e nos harmonizarmos, atingiremos a felicidade, independente de onde estejamos. Não precisamos de mais nada para isso, só de nós mesmo.
E quando nos falta a nós, como dizia Machado: "Essa lacuna é tudo", buscamos em algo que nos irá permitir uma satisfação, mas ela é imediata e ínfima, comparada àquela que vem de seu interior, que faz você entrar em sintonia com o mundo. Ser quem somos é importante, essa liberdade nos satisfaz e nos completa. Procure o "ser feliz" em você mesmo.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Nossa função para achar a felicidade e ter uma vida aprazível é saber equilibrar as coisas, agir de forma sábia.
Se conseguirmos nos decifrar, nos entender e nos harmonizarmos, atingiremos a felicidade, independente de onde estejamos. Não precisamos de mais nada para isso, só de nós mesmo.
E quando nos falta a nós, como dizia Machado: "Essa lacuna é tudo", buscamos em algo que nos irá permitir uma satisfação, mas ela é imediata e ínfima, comparada àquela que vem de seu interior, que faz você entrar em sintonia com o mundo. Ser quem somos é importante, essa liberdade nos satisfaz e nos completa. Procure o "ser feliz" em você mesmo.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Conto - Para Refletir
Em uma planície distante, onde havia um vilarejo, na imensidão do Universo, vivia uma numerosa família. Essa família era composta pela mãe, chamada Sol, e por mais nove filhos.
Esses filhos chamavam-se Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Jupter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.
Viviam uma vida simples, modesta, mas feliz. Certo dia, Terra estava correndo nas margens de um lago de águas frias e cristalinas que desciam do topo de uma montanha coberta de neve e serpenteavam pelo vale, até atingir o ocenao a alguns quilômetros dali.
Ao cantar de uma pomba, sentiu-se enjoada, sua visão começou a escurecer, seu corpo passou a ficar cada vez mais quente, como se retesse todo o calor, sua beleza natural começou a desaparecer.
Quando chegou em casa, sua mãe ficou preocupada e decidiu levá-la a um médico. Chegando ao médio, este disse:
- Minha cara, existe uma população de um certo tipo de microorganismos em seu corpo, nós os chamamos de Humanidade e são um tipo de bactéria que exerce dupla função. Elas podem atuar no seu intestino e ajudar no processo de digestão, ficando em perfeito equilíbrio com você, ou também podem começar a atacar seus sitemas, o que é o caso.
Como elas não pararam de atacar o organismo de Terra, ela morreu.
Ela e a população de Humanidade, pois a Terra poderia viver sem a Humanidade, mas a Humanidade não pode viver sem a Terra. Esse microorganismo é um tanto imbecil, pois destruiu aquilo que sustentava a sua existência!
(Carlos A. T. Rossignolo)
Esses filhos chamavam-se Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Jupter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.
Viviam uma vida simples, modesta, mas feliz. Certo dia, Terra estava correndo nas margens de um lago de águas frias e cristalinas que desciam do topo de uma montanha coberta de neve e serpenteavam pelo vale, até atingir o ocenao a alguns quilômetros dali.
Ao cantar de uma pomba, sentiu-se enjoada, sua visão começou a escurecer, seu corpo passou a ficar cada vez mais quente, como se retesse todo o calor, sua beleza natural começou a desaparecer.
Quando chegou em casa, sua mãe ficou preocupada e decidiu levá-la a um médico. Chegando ao médio, este disse:
- Minha cara, existe uma população de um certo tipo de microorganismos em seu corpo, nós os chamamos de Humanidade e são um tipo de bactéria que exerce dupla função. Elas podem atuar no seu intestino e ajudar no processo de digestão, ficando em perfeito equilíbrio com você, ou também podem começar a atacar seus sitemas, o que é o caso.
Como elas não pararam de atacar o organismo de Terra, ela morreu.
Ela e a população de Humanidade, pois a Terra poderia viver sem a Humanidade, mas a Humanidade não pode viver sem a Terra. Esse microorganismo é um tanto imbecil, pois destruiu aquilo que sustentava a sua existência!
(Carlos A. T. Rossignolo)
Contemporâneo
"Eu quero uma casa,
Eu quero um carro,
Eu quero roupas novas,
Eu quero mais dinheiro."
"A sociedade deste século está embasada em duas palavras: um pronome e um verbo. O pronome é o 'eu', revelando nosso carater egoísta; o verbo é 'querer', mostrando que fomos escravizados por esse consumismo exacerbado."
Oh, capitalismo cruel,
Que das pobres vidas humanas,
Transformaste o mel em fel,
E tornaste-as profanas.
Fizeste isso sem dó,
Ocultaste a sabedoria,
Tornaste o homem pó,
E tiraste toda alegria.
Das cidades fizeste altar,
Dos campos a ignorância,
Aos homens ensinaste o falar,
Da abominável petulância.
Escravizaste a todos os seres,
Sem distinguir classe nem raça ,
Amargaste os reais prazeres,
Tirando do mundo sua graça.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Eu quero um carro,
Eu quero roupas novas,
Eu quero mais dinheiro."
"A sociedade deste século está embasada em duas palavras: um pronome e um verbo. O pronome é o 'eu', revelando nosso carater egoísta; o verbo é 'querer', mostrando que fomos escravizados por esse consumismo exacerbado."
Oh, capitalismo cruel,
Que das pobres vidas humanas,
Transformaste o mel em fel,
E tornaste-as profanas.
Fizeste isso sem dó,
Ocultaste a sabedoria,
Tornaste o homem pó,
E tiraste toda alegria.
Das cidades fizeste altar,
Dos campos a ignorância,
Aos homens ensinaste o falar,
Da abominável petulância.
Escravizaste a todos os seres,
Sem distinguir classe nem raça ,
Amargaste os reais prazeres,
Tirando do mundo sua graça.
(Carlos A. T. Rossignolo)
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Fases
Quando somos crianças,
Tudo é perfeito, colorido,
É tudo tão amável, aprazível,
As coisas se encaixam.
Vai passando o tempo,
A vida vai tirando suas máscaras,
O tempo não cura as coisas,
Apenas nos faz esquecê-las em outras piores.
Não vejo esperança, não vejo caminho,
Estou a trilhar essa estrada, sozinho,
E o meu destino, incerto.
As coisas passam, mas demoram,
Os meus olhos não param, choram.
As vezes tudo perde o setido...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Tudo é perfeito, colorido,
É tudo tão amável, aprazível,
As coisas se encaixam.
Vai passando o tempo,
A vida vai tirando suas máscaras,
O tempo não cura as coisas,
Apenas nos faz esquecê-las em outras piores.
Não vejo esperança, não vejo caminho,
Estou a trilhar essa estrada, sozinho,
E o meu destino, incerto.
As coisas passam, mas demoram,
Os meus olhos não param, choram.
As vezes tudo perde o setido...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Quero Parar
O que fazer quando sua mente para,
quando seu coração se enche de sombra,
seus sonhos caem por terra, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quando o mundo oprime,
quando as coisas estão fora do lugar,
suas forças te faltam, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quendo todos são iguais,
quando ninguém é capaz de ajudar,
a luz não traspõe as sombras, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quando tudo está perto e fica distante,
quando neste mundo você é extrangeiro,
se pega em algo sublime pra acreditar, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer? Podemos parar? Não.
E de onde arrancaremos forçar para continuar?
Isso eu não sei.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quando seu coração se enche de sombra,
seus sonhos caem por terra, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quando o mundo oprime,
quando as coisas estão fora do lugar,
suas forças te faltam, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quendo todos são iguais,
quando ninguém é capaz de ajudar,
a luz não traspõe as sombras, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quando tudo está perto e fica distante,
quando neste mundo você é extrangeiro,
se pega em algo sublime pra acreditar, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer? Podemos parar? Não.
E de onde arrancaremos forçar para continuar?
Isso eu não sei.
(Carlos A. T. Rossignolo)
When I am thinking of you
The world stop to turn
My mind go crazy
And the sky feels like blue
The Earth singing, the birds
Flying in the infinite
The flowers shows your brightness
And the sky feels like blue
My mouth moistened
My eyes fixate on you
The rain show me your face
And the sky feels like blue
(Carlos A. T. Rossignolo)
The world stop to turn
My mind go crazy
And the sky feels like blue
The Earth singing, the birds
Flying in the infinite
The flowers shows your brightness
And the sky feels like blue
My mouth moistened
My eyes fixate on you
The rain show me your face
And the sky feels like blue
(Carlos A. T. Rossignolo)
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Efeito Estufa
Oh, Calíope! Que deste inspiração
A Camões em sua bela epopeia,
Que dos homens tocas o vil coração,
Concedas forças em minha alva estreia,
Nessa sociedade de crua aversão,
Rogo, peço, imploro de cefaleia,
Que abras os olhos do homem ao vento
E lhes dá, piedosa, discernimento.
Oh, Tágides! Que repousam no Tejo,
De Portugal gritem ao mundo inteiro,
Que aqui em Nova Terra eu invejo,
A fé que ainda dorme no mosteiro.
Aos poderes a mudança eu pelejo,
E dizem que o Brasil será celeiro
Do mundo. Morrem as nossas florestas,
Intensifica a estufa que molesta.
(Carlos A. T. Rossignolo)
A Camões em sua bela epopeia,
Que dos homens tocas o vil coração,
Concedas forças em minha alva estreia,
Nessa sociedade de crua aversão,
Rogo, peço, imploro de cefaleia,
Que abras os olhos do homem ao vento
E lhes dá, piedosa, discernimento.
Oh, Tágides! Que repousam no Tejo,
De Portugal gritem ao mundo inteiro,
Que aqui em Nova Terra eu invejo,
A fé que ainda dorme no mosteiro.
Aos poderes a mudança eu pelejo,
E dizem que o Brasil será celeiro
Do mundo. Morrem as nossas florestas,
Intensifica a estufa que molesta.
(Carlos A. T. Rossignolo)
domingo, 15 de agosto de 2010
Por Nome Poesia
Oh! Poesia tão crua,
Dos amantes foste a lua,
Dos poetas foste a alma,
E pra mim trouxeste a calma.
Em teus braços me entreguei,
Teus caprichos eu fiz lei,
Dei teu nome em oração,
Te plantei no coração.
Mas neste mundo de aflição,
Em ti veio a decepção,
Por não ser valorizada,
Em um cofre foi trancada.
Ficaste distante a mim,
Sem sua graça sem fim,
E à ciência me entreguei,
Mas foi tu quem eu amei.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Dos amantes foste a lua,
Dos poetas foste a alma,
E pra mim trouxeste a calma.
Em teus braços me entreguei,
Teus caprichos eu fiz lei,
Dei teu nome em oração,
Te plantei no coração.
Mas neste mundo de aflição,
Em ti veio a decepção,
Por não ser valorizada,
Em um cofre foi trancada.
Ficaste distante a mim,
Sem sua graça sem fim,
E à ciência me entreguei,
Mas foi tu quem eu amei.
(Carlos A. T. Rossignolo)
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Se vai sorrir, gargalhe;
Se vai chorar; desespere-se;
Se vai gritar, berre.
Se vai sorrir, gargalhe;
Se vai chorar; desespere-se;
Se vai gritar, berre.
Se vai dançar, pule;
Se vai andar, corra;
Se vai escrever, poetize.
Se vai tentar, faça;
Se vai sonhar, conquiste;
Se vai amar, entregue-se;
Se vai viver, ame.
Viva o extremo de suas emoções,
Pois é isso que nos torna humanos.
CARPE DIEM.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Se vai chorar; desespere-se;
Se vai gritar, berre.
Se vai sorrir, gargalhe;
Se vai chorar; desespere-se;
Se vai gritar, berre.
Se vai dançar, pule;
Se vai andar, corra;
Se vai escrever, poetize.
Se vai tentar, faça;
Se vai sonhar, conquiste;
Se vai amar, entregue-se;
Se vai viver, ame.
Viva o extremo de suas emoções,
Pois é isso que nos torna humanos.
CARPE DIEM.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Sophia
Em alvos campos de conhecimento,
Me banho em lagos cristalinos,
Das músicas entoadas pelo vento,
Ouço o toque macio do grave sino.
Viajo pelo vazio vago do subconsciente,
Nas épicas batalhas me sinto herói,
Em meu mundo sou contente,
Tenho sonhos que não se destroem.
Sou o deus da poesia,
Esclareço as verdades mundanas,
Tenho por nome Sophia.
Ajudei a classe tirana,
Que governou de forma fria,
E conduziu a sociedade profana.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Me banho em lagos cristalinos,
Das músicas entoadas pelo vento,
Ouço o toque macio do grave sino.
Viajo pelo vazio vago do subconsciente,
Nas épicas batalhas me sinto herói,
Em meu mundo sou contente,
Tenho sonhos que não se destroem.
Sou o deus da poesia,
Esclareço as verdades mundanas,
Tenho por nome Sophia.
Ajudei a classe tirana,
Que governou de forma fria,
E conduziu a sociedade profana.
(Carlos A. T. Rossignolo)
domingo, 8 de agosto de 2010
Decepção
Na vida tudo é simples ilusão,
Não há amores, senão na mente,
Nós criamos nossa severa prisão,
Nos concretamos em um ser ausente.
Somos pó, diante de algo tão alvo,
Que não compreendemos nosso ser,
Achando que estamos a salvo,
Em nosso ínfimo e rápido viver.
Pessoas passam, nos decepcionam,
Anos passam, nós caminhamos,
Os sentimentos passam, nos abandonam.
Está tudo nas mãos de um ser supremo,
Que nos conduz por seu amor.
Tudo passa! Tudo ao extremo...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Não há amores, senão na mente,
Nós criamos nossa severa prisão,
Nos concretamos em um ser ausente.
Somos pó, diante de algo tão alvo,
Que não compreendemos nosso ser,
Achando que estamos a salvo,
Em nosso ínfimo e rápido viver.
Pessoas passam, nos decepcionam,
Anos passam, nós caminhamos,
Os sentimentos passam, nos abandonam.
Está tudo nas mãos de um ser supremo,
Que nos conduz por seu amor.
Tudo passa! Tudo ao extremo...
(Carlos A. T. Rossignolo)
sábado, 7 de agosto de 2010
Uvas Passas
Em repentino momento,
Olhei para o triste vento,
Que para mim ele uivava,
E as misérias entregava.
"Não existe perfeição,
Nem mesmo um bom coração,
Que ao longo da vida não
Murche na má solidão."
E com ouvidos tampados,
Ainda ouvia o som,
Em minha mente calado.
E o vento ia passando,
Pelas escuras colinas,
E sua dor espalhando.
(Pelas escuras colinas
O vento ia passando,
E abrindo suas latrinas.)
(Carlos A. T. Rossingolo)
Olhei para o triste vento,
Que para mim ele uivava,
E as misérias entregava.
"Não existe perfeição,
Nem mesmo um bom coração,
Que ao longo da vida não
Murche na má solidão."
E com ouvidos tampados,
Ainda ouvia o som,
Em minha mente calado.
E o vento ia passando,
Pelas escuras colinas,
E sua dor espalhando.
(Pelas escuras colinas
O vento ia passando,
E abrindo suas latrinas.)
(Carlos A. T. Rossingolo)
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Solunar
Olho para o dia de lua,
Vejo a noite de sol,
Por não ter a boca tua,
Me remexo no lençol.
Há noites de sol,
Há dias de lua,
Me fisga como anzol,
Essa linda face tua.
Eu águo tua flor,
Com minhas lágrimas de dor,
Que avivam seu esplendor.
Tu, como a lua, não vês a mim,
Eu, como sol, nutro seu jardim,
Com os raios de paixão sem fim.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Vejo a noite de sol,
Por não ter a boca tua,
Me remexo no lençol.
Há noites de sol,
Há dias de lua,
Me fisga como anzol,
Essa linda face tua.
Eu águo tua flor,
Com minhas lágrimas de dor,
Que avivam seu esplendor.
Tu, como a lua, não vês a mim,
Eu, como sol, nutro seu jardim,
Com os raios de paixão sem fim.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Lusolar
Essa luz solar que de noite brota,
Me faz sentir o voo de uma gaivota,
Voando sobre o céu estrelado em cores,
Experimentando dos algodões os sabores.
Aos pés, a imensidão azul do mar,
Que de alegria à gaivota, rouba um cantar,
A Lua amando o Sol e sua sequidão,
E na noite conota eterna solidão.
Não há lua no céu,
Não há lua no mar,
Não repele como fel,
Não agrada como manjar.
Tudo é ilusão,
Que dos amores sofrerão,
Nessa vasta imensidão,
Que cabe em um coração.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Me faz sentir o voo de uma gaivota,
Voando sobre o céu estrelado em cores,
Experimentando dos algodões os sabores.
Aos pés, a imensidão azul do mar,
Que de alegria à gaivota, rouba um cantar,
A Lua amando o Sol e sua sequidão,
E na noite conota eterna solidão.
Não há lua no céu,
Não há lua no mar,
Não repele como fel,
Não agrada como manjar.
Tudo é ilusão,
Que dos amores sofrerão,
Nessa vasta imensidão,
Que cabe em um coração.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Soneto a Santiago
"A Machado de Assis, que me concedeu
o primeiro, o décimo primeiro e o
décimo segundo versos deste soneto."
o primeiro, o décimo primeiro e o
décimo segundo versos deste soneto."
Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura!
Tu me examinas assim como um réu,
Pousas os olhos sobre mim, crua,
Que pairam, de cigana e de ressaca, no céu.
De cigana astuta, oblíqua e dissimulada,
De ressaca, que me traga e mantém
Meu querer em sua boca adocicada,
E de réu, me faz seu maior refém.
Deixo minha mãe, minha casa,
Minhas esperanças em seu coração,
Para poder ser livre, abrir as asas.
Perde-se a vida e ganha-se a batalha?
Ou perde-se a batalha e ganha-se a vida?
É um delicado fio, na face de uma navalha.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Miles Away
Estava muito distante,
A pensar em seu olhar,
Deslumbrava por um instante,
Em seus cabelos o vento soprar.
Meus olhos fitavam os seus,
Suspiros eram invocados por nós,
Seus olhos fitavam os meus,
Estávamos dois, a sós.
Sua mão se entrelaçou à minha,
E ficaram em fogo ardente,
Grudadas como a vinha,
Observando o sol poente.
Meu sorriso me traiu,
Esbanjava satisfação,
Uma lágrima de seus olhos caiu,
E regou a flor em meu coração.
Em um momento divino,
Os anjos com as asas esconderam,
O sol que estava caindo,
E os corações da Terra amoleceram.
Só os anjos testemunharam aquele beijo,
Aquele beijo leve, doce, a molhar,
A conceder a luz e meu desejo,
Que estavam vindo nas ondas do mar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
A pensar em seu olhar,
Deslumbrava por um instante,
Em seus cabelos o vento soprar.
Meus olhos fitavam os seus,
Suspiros eram invocados por nós,
Seus olhos fitavam os meus,
Estávamos dois, a sós.
Sua mão se entrelaçou à minha,
E ficaram em fogo ardente,
Grudadas como a vinha,
Observando o sol poente.
Meu sorriso me traiu,
Esbanjava satisfação,
Uma lágrima de seus olhos caiu,
E regou a flor em meu coração.
Em um momento divino,
Os anjos com as asas esconderam,
O sol que estava caindo,
E os corações da Terra amoleceram.
Só os anjos testemunharam aquele beijo,
Aquele beijo leve, doce, a molhar,
A conceder a luz e meu desejo,
Que estavam vindo nas ondas do mar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Memórias
Vago sozinho pelas noites escuras,
Sinto a névoa cobrir minha face triste,
Não há mais ninguém solitário na rua,
E já não sei se o perdão existe.
Navego perdido pelas minhas memórias,
Tentando me encontrar em algum lugar,
Tentando escrever minha própria história,
Sob a face pura do luar.
Olho para um lado e há escuridão,
Olho para outro e temor entra em meu coração,
Não sei se existe o perdão,
Ou se é fruto da minha imaginação.
Se real for, um dia saberei,
Se não for tarde demais, sonharei,
E se for pra ser, alcançarei.
Estarei lutando, buscando minha paz,
Que vem em bandeja, e o Serafim a traz,
Puro, alvo, calmo e num sopro, se desfaz.
Ao olhar não o vejo mais, escureceu,
Seu doce olhar de misericórdia desapareceu,
E consigo seu canto alegre emudeceu.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Sinto a névoa cobrir minha face triste,
Não há mais ninguém solitário na rua,
E já não sei se o perdão existe.
Navego perdido pelas minhas memórias,
Tentando me encontrar em algum lugar,
Tentando escrever minha própria história,
Sob a face pura do luar.
Olho para um lado e há escuridão,
Olho para outro e temor entra em meu coração,
Não sei se existe o perdão,
Ou se é fruto da minha imaginação.
Se real for, um dia saberei,
Se não for tarde demais, sonharei,
E se for pra ser, alcançarei.
Estarei lutando, buscando minha paz,
Que vem em bandeja, e o Serafim a traz,
Puro, alvo, calmo e num sopro, se desfaz.
Ao olhar não o vejo mais, escureceu,
Seu doce olhar de misericórdia desapareceu,
E consigo seu canto alegre emudeceu.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Iluminado
Estavam os raios de luz monocromáticos na janela,
Em que passavam refratando e refletindo;
O som que saia da tampa da panela,
Ia me atingir, me fazer calar, ouvindo.
Essa ondas vibravam, diferentes das do mar,
Me atingiam, me tocavam, traduziam;
Conflitavam com meu eu, me fazia pensar,
E assim, as crianças que as ouviam, sonhavam.
No canto da sala um piano que tocava,
Espalhava suas notas melancólicas pelo ar,
E meus ouvidos, do mundo me cegava.
Só havia o sentir, não conseguia mais pensar,
E o vento deslizante que chegava,
Trazia os suspiros satisfeitos das ninfas do mar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Em que passavam refratando e refletindo;
O som que saia da tampa da panela,
Ia me atingir, me fazer calar, ouvindo.
Essa ondas vibravam, diferentes das do mar,
Me atingiam, me tocavam, traduziam;
Conflitavam com meu eu, me fazia pensar,
E assim, as crianças que as ouviam, sonhavam.
No canto da sala um piano que tocava,
Espalhava suas notas melancólicas pelo ar,
E meus ouvidos, do mundo me cegava.
Só havia o sentir, não conseguia mais pensar,
E o vento deslizante que chegava,
Trazia os suspiros satisfeitos das ninfas do mar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Divino
Me encontro aflito, apático, triste,
Não me apetece mais atuar,
Se é que o Amor existe,
Ele não me ensinou amar.
Oh Deus! Em sua mais bela criação,
Tu nos deste sabedoria,
E não tenho em meu coração,
O mais nobre sentimento que temia.
Tu fizeste céu e terra,
E não olhaste para mim,
Estou comigo em guerra,
Ao olhar o mundo, só vejo fim.
Tu me deste esses lábios,
Essas mãos que escrevem poesia,
Mas eles já estão cálidos,
Não há mais a vontade que sentia.
Estou triste, estou morrendo,
A vida tornou-se escura,
Não consigo continuar vivendo,
Não vejo mais sua face pura.
Tu se ausentaste de mim por agrado,
Não sinto mais sua presença,
Não me deixarás seu legado,
Se eu falhar na crença?
Tu, bom pai,
Que ama o mais desprezível ser,
Sabes que nos atrai
Esse mal que nos faz morrer.
Queria uma chance,
Um voto de confiança,
Assim quem sabe alcance,
A tão linda fé de uma criança!
(Carlos A. T. Rossignolo)
Não me apetece mais atuar,
Se é que o Amor existe,
Ele não me ensinou amar.
Oh Deus! Em sua mais bela criação,
Tu nos deste sabedoria,
E não tenho em meu coração,
O mais nobre sentimento que temia.
Tu fizeste céu e terra,
E não olhaste para mim,
Estou comigo em guerra,
Ao olhar o mundo, só vejo fim.
Tu me deste esses lábios,
Essas mãos que escrevem poesia,
Mas eles já estão cálidos,
Não há mais a vontade que sentia.
Estou triste, estou morrendo,
A vida tornou-se escura,
Não consigo continuar vivendo,
Não vejo mais sua face pura.
Tu se ausentaste de mim por agrado,
Não sinto mais sua presença,
Não me deixarás seu legado,
Se eu falhar na crença?
Tu, bom pai,
Que ama o mais desprezível ser,
Sabes que nos atrai
Esse mal que nos faz morrer.
Queria uma chance,
Um voto de confiança,
Assim quem sabe alcance,
A tão linda fé de uma criança!
(Carlos A. T. Rossignolo)
Dead Poets Society
Poesia é entender a vida,
Escrever é ser humano,
Libertar-se da mais pura lida,
E enfrentar o tirano.
Ser poeta é compartilhar
Amores, dores, alegria e medo,
Em uma caverna declamar,
O livro apoiado aos dedos.
A vida deve ser desafiada,
Entendida. Em si respeitada,
Pois é frágil, entre a espada.
Sou poeta, sou ator
No palco da vida, no amor,
Enchendo-me de esplendor.
Carpe Diem...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Escrever é ser humano,
Libertar-se da mais pura lida,
E enfrentar o tirano.
Ser poeta é compartilhar
Amores, dores, alegria e medo,
Em uma caverna declamar,
O livro apoiado aos dedos.
A vida deve ser desafiada,
Entendida. Em si respeitada,
Pois é frágil, entre a espada.
Sou poeta, sou ator
No palco da vida, no amor,
Enchendo-me de esplendor.
Carpe Diem...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Angelical
Em minha cabeça havia um pensamento,
Tímido, fraco, transparente como o vento,
E ganhava volume com o tempo, me fazia aflito,
Fazia em mim uma guerra, um enorme conflito.
Era puro, alvo e provinha do amor,
Queria o bem ao meu semelhante sem dor,
Queria estar perto, queria acariciar,
Poder fazer de seu leve colo, seu deitar.
Mas esse sentimento não era correspondido,
E então ao anjo atendi o pedido,
Arranquei-o de minha mente sem medo,
E ao anjo entreguei esse meu profundo segredo.
Não é justo amar desta forma incondicional,
Sem ser ao menos respeitado, ser livre do mal,
Não há razão nisto, nunca haverá,
E a morte deste sentimento, o brilho angelical velará.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Tímido, fraco, transparente como o vento,
E ganhava volume com o tempo, me fazia aflito,
Fazia em mim uma guerra, um enorme conflito.
Era puro, alvo e provinha do amor,
Queria o bem ao meu semelhante sem dor,
Queria estar perto, queria acariciar,
Poder fazer de seu leve colo, seu deitar.
Mas esse sentimento não era correspondido,
E então ao anjo atendi o pedido,
Arranquei-o de minha mente sem medo,
E ao anjo entreguei esse meu profundo segredo.
Não é justo amar desta forma incondicional,
Sem ser ao menos respeitado, ser livre do mal,
Não há razão nisto, nunca haverá,
E a morte deste sentimento, o brilho angelical velará.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Assinar:
Postagens (Atom)