domingo, 29 de agosto de 2010

Carência

Nessa triste e vazia mesa,
Há uma cadeira ausente,
Me trazendo a tristeza,
Dessa noite calma luzente.

Olho uma estrela na janela,
Que me ofusca ao brilho dela,
E a vela na mesa brilhando,
Faz o tempo ir passando.

Seus braços me envolvendo,
Fico imaginando sofrendo,
As horas passam sem pressa,
A sua boca me beija depressa.

O vento corta minha face,
Terminando esse triste disfarce,
Olho novamente a cadeira
E fico sozinho a vida inteira.

(Carlos A. T. Rossingolo)

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