sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Solunar

Olho para o dia de lua,
Vejo a noite de sol,
Por não ter a boca tua,
Me remexo no lençol.

Há noites de sol,
Há dias de lua,
Me fisga como anzol,
Essa linda face tua.

Eu águo tua flor,
Com minhas lágrimas de dor,
Que avivam seu esplendor.

Tu, como a lua, não vês a mim,
Eu, como sol, nutro seu jardim,
Com os raios de paixão sem fim.

(Carlos A. T. Rossignolo)

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