Vago sozinho pelas noites escuras,
Sinto a névoa cobrir minha face triste,
Não há mais ninguém solitário na rua,
E já não sei se o perdão existe.
Navego perdido pelas minhas memórias,
Tentando me encontrar em algum lugar,
Tentando escrever minha própria história,
Sob a face pura do luar.
Olho para um lado e há escuridão,
Olho para outro e temor entra em meu coração,
Não sei se existe o perdão,
Ou se é fruto da minha imaginação.
Se real for, um dia saberei,
Se não for tarde demais, sonharei,
E se for pra ser, alcançarei.
Estarei lutando, buscando minha paz,
Que vem em bandeja, e o Serafim a traz,
Puro, alvo, calmo e num sopro, se desfaz.
Ao olhar não o vejo mais, escureceu,
Seu doce olhar de misericórdia desapareceu,
E consigo seu canto alegre emudeceu.
(Carlos A. T. Rossignolo)
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