Eu, poeta, vejo graça nas voltas da vida,
Sinto prazer em compartilhar esse momento,
Que da minha bagagem traz a lida,
Da sorte, amor, sentimento ao vento.
Sinto alegria, vejo um ângulo diferente,
Tenho em meu peito a poesia, sensibilidade,
Vejo um mundo progressista, reluzente,
Não vejo defeitos, sim complexidade.
Eu, homem, não sei a graça de viver,
Vivo triste, sozinho, no mundo real,
Não tenho a fuga da poesia, saber,
Só sinto a dissertação, que me é letal.
O mundo é cinza, áspero e rude,
Só dá vitória aos pessimistas, solidão,
Tentei. Tentei fazer o que pude,
Mas a amargura sempre volta ao coração.
Ó matemáticos! Se encontrares
Uma fórmula de coexistência,
Lancem-na toda aos ares,
Se não, pa-ciência.
(Carlos A. T. Rossignolo)
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