Olhava, sozinho e amargo,
Para o vazio obscuro do céu,
Não havia estrelas, não havia luz,
Não havia paz, nem nada.
Estava pedindo aos carrascos a palidez,
Queria fechar os olhos, descansar.
Jazido no meu pranto, no meu manto,
Não havia sentido algum,
Queria desistir, queria parar!
Mas você estava lá, estava a contemplar-me.
Estava a amar-me, sendo como sou.
Tu, oh estrela!
Tu brilhavas para mim quando o mundo me abandonou.
Tu, sozinha e alegre, resplandecias o céu,
A mim foste fiel, foste amiga, sincera.
Na minha janela, estrela foste.
Foste estrela na minha janela.
Estrela companheira, não dos sábios,
Nem dos astrônomos, mas de mim.
Deste pobre, fraco, errante ser.
(Carlos A. T. Rossignolo)
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