segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cálice

Não consigo pensar em algo para escrever
Não possuo ideias mirabolantes em minha cabeça
Se as tivesse, um dia talvez esqueça
Mas preciso sentir essa emoção, para poeta, viver.

Sinto o perfume das rosas que são brancas
Vejo a luz do luar penetrar pela janela
Tenho sonhos, lindos, por ela
Dela, lindos sonhos, ancas.

Não! Não posso me entregar a esse desejo vil
Não deixarei ao mundo um verme, desista!
Um parasita destruidor capitalista
Que do céu, com cinzas, retira o anil.

Serei eu, o mais puro ser
Que por não ser puro, morrerei
Morrerei sim, mas me eternizarei
Eternizarei nas obras, feitos, assim viverei.

Não tenho Sangue Real,
O Sangue Real não transmitirei, leal
O Santo Graal tenho por herança,
Do Santo Graal a esperança.

(Carlos A. T. Rossignolo)

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