terça-feira, 8 de junho de 2010

NOVA ISMÁLIA


“Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar”
(Ismália, Alphonsus de Guimaraens)





Ismália logo percebeu,
Que não havia paz em seu cantar...
Viu em sua cabeça um véu,
Viu em seu semblante o chorar.

Seu mundo se escureceu,
As máquinas queria quebrar...
Queria a igualdade para os seus,
Queria seu pranto enxugar...

Na loucura em que se deu,
Em seu íntimo pôs-se a gritar...
Estava longe do céu,
Estava decidida a morte se entregar.

E com heroína se deu,
O seu triste pesar...
Enlouqueceu, emudeceu,
Já não podia mais cantar...

Seu corpo entregue aos seus,
Sua alma a vagar...
Não havia mais véu,
Não havia mais cantar.

(Carlos A. T. Rossignolo)

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