"Os poetas não têm pudor em relação às próprias experiências: eles as exploram!" Friedrich Nietzsche
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Expressionismo
O sol a pino, seus raios tangentes
As árvores brilhavam, reluzentes
Os lagos, corriam por convecção
Os pássaros com seu canto, alegravam meu coração
A moça de vestidos ao vento
Balançava os negros cabelos me deixando atento
A brisa suave tocava meu rosto
E o banco de madeira me servia de encosto
Tudo mudou, os raios sumiram
As árvores balançavam e caiam
Os lagos negros, sem luz gritavam às margens
Os pássaros desordenados deformavam a paisagem
A moça segurando o vestido tanto
Prendeu os cabelos e fez perder seu encanto
A brisa gélida em mim soprava
O banco com o tempo já cambaleava
As nuvens desprendiam-se do céu
As pessoas não se assustaram
A distorção me deixava tenso como um réu
E assim, os anos passaram.
(Carlos A. T. Rossingolo)
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