domingo, 20 de junho de 2010

Vaga-lume

Em noites desesperadoras
A inveja corrompe o ser humano
As vagas batem enfurecidas em zorras
E o divino torna-se profano.

No céu um vaga-lume...

A bruma e a névoa se curvam
Em reverência a esse pequeno ser
E as areias não mais se assustavam
Que em sua luz vieram a resplandecer.

Na terra um vaga-lume...

Poseidon em sua imensidão
Deixa as profundezas de seu mar
E sente em seu gélido coração
Aquele pequeno alumiar.

No mar um vaga-lume...

Na noite sombria brilha uma estrela a mais
A mais linda de todas, a mais pequena
E percebe todo o ser vivente no cais
Que a vida já não os condena.

Fez de seu brilho a Esperança, oh vaga-lume!

(Carlos A. T. Rossignolo)

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