Tenho minhas asas abertas para voar,
Meus pés limpos e leves a desprender o chão,
Minha mente no céu mais distante a navegar,
E meus ouvidos em sua doce oração.
Elas abrem e começam a ruflar,
Transformando brisas em um tufão,
Batem aos ares sem num instante parar,
Observando essa maravilhosa ilusão.
Quando já dos pés tocando o ar,
Uma gota escorre às mãos,
Calada, com o sal do mar,
Estava acorrentado aos teus olhos de paixão,
Estava em um instante a sonhar,
Estava preso as correntes do seu coração.
(Carlos A. T. Rossignolo)
"Os poetas não têm pudor em relação às próprias experiências: eles as exploram!" Friedrich Nietzsche
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Alado
Estava com as brancas asas abertas
Flutuando nas brumas altivas,
Tinha uma mente destra e esperta,
Tentara todas as tentativas.
Esse anjo olhava por entre as águas,
E via o bloco de gele brilhando,
Nesse falso diamante depositava suas mágoas,
E os raios de sol por ele transpassando.
Naquele imenso e espelhado mar,
De águas tranquilas e geladas,
Fundia-se o seu mais fixo olhar,
Em antigas histórias passadas.
Aquele vento que pairava frio,
Levava seus loiros cabelos
Que dançavam no vazio,
E os quais jamais poderiam tê-los.
Aquele bloco de gele estático,
Defendia a água dos raios do sol,
Refletia sua luz ao céu fantástico,
E o mar aconchegava como lençol.
O anjo ruflou suas asas,
Passou pela reluzente água marinha,
Lembrou dos amores que tinha
E jurou não mais amar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Desconexo
Não sei o que pensar sob este céu,
Não quero mais estar sobre o mar,
Em minha cabeça há um negro véu,
Pois achei que um dia soubesse amar.
Achei por ingênua inocência,
Que em seu abraço estaria seguro,
Que em sua boca não havia carência,
Que poderia transpor qualquer muro.
Pensei que você havia se entregado,
Que sua mente estava em meu ser,
Que era a mim que havia amado,
Que eu era o motivo do seu viver.
Sonhei sonhos lindos para nós,
Praias desertas, castelos abandonados,
Mas hoje, meus passos andam sós,
E levo os sonhos nunca concretizados.
Amei seus beijos, sua boca, seu abraço,
Tentei sentir o seu amor que pulsava,
Criei um forte pensamento, um laço,
Mas não era a mim que seu coração chamava.
Você foi uma decepção, talvez por eu ter criado,
Um mundo imaginário, de pura fantasia,
Em que eu seus braços eu era amado,
E que em ti me vinha toda a alegria.
Por você eu quis ter o sol, pra te dar,
Por você eu fiz a lua ao mar beijar,
Por você eu me vi contente,
Por mim, decidi seguir em frente.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Não quero mais estar sobre o mar,
Em minha cabeça há um negro véu,
Pois achei que um dia soubesse amar.
Achei por ingênua inocência,
Que em seu abraço estaria seguro,
Que em sua boca não havia carência,
Que poderia transpor qualquer muro.
Pensei que você havia se entregado,
Que sua mente estava em meu ser,
Que era a mim que havia amado,
Que eu era o motivo do seu viver.
Sonhei sonhos lindos para nós,
Praias desertas, castelos abandonados,
Mas hoje, meus passos andam sós,
E levo os sonhos nunca concretizados.
Amei seus beijos, sua boca, seu abraço,
Tentei sentir o seu amor que pulsava,
Criei um forte pensamento, um laço,
Mas não era a mim que seu coração chamava.
Você foi uma decepção, talvez por eu ter criado,
Um mundo imaginário, de pura fantasia,
Em que eu seus braços eu era amado,
E que em ti me vinha toda a alegria.
Por você eu quis ter o sol, pra te dar,
Por você eu fiz a lua ao mar beijar,
Por você eu me vi contente,
Por mim, decidi seguir em frente.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Pico e Vale
É quando o vento sopra
Em uma corrente constante,
Quando a terra seca prova
O molhado da gota errante.
O sol morre, a noite nasce,
Os lobos uivam no pico,
Como se as montanhas falassem,
E enxergam o vale longínquo.
No vale o rio desce suave,
Carregando consigo a alegria,
Levando as caídas neves,
Traçando um caminho de fantasia.
Para se ver o pico, deve-se estar no vale,
Para detalhar o vale, deve-se estar no pico.
São outras realidades, outras paisagens,
Mas a vida nos mostra a importância,
De se colocar em posições opostas,
Para que se possa entender seus caprichos.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Em uma corrente constante,
Quando a terra seca prova
O molhado da gota errante.
O sol morre, a noite nasce,
Os lobos uivam no pico,
Como se as montanhas falassem,
E enxergam o vale longínquo.
No vale o rio desce suave,
Carregando consigo a alegria,
Levando as caídas neves,
Traçando um caminho de fantasia.
Para se ver o pico, deve-se estar no vale,
Para detalhar o vale, deve-se estar no pico.
São outras realidades, outras paisagens,
Mas a vida nos mostra a importância,
De se colocar em posições opostas,
Para que se possa entender seus caprichos.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Tardes Sem Fim
Oh tardes! Tardes com gosto de rosas,
Meu peito se alegra, meus olhos em lampejo ,
Minha mente flutua, em conversas gostosas,
Me sinto seguro ao provar seu beijo.
Oh tardes! Tardes sem fim,
Em riqueza de detalhes viajo,
Nesse céu estrelado de marfim,
Te olho calmo, calado.
Meu sorriso ofusca o universo,
Meu suor preenche o mar,
Seu jeitinho perverso,
Todo querendo me conquistar,
E destas tardes saem esses versos,
Que em seu mundo, me fazem viajar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Meu peito se alegra, meus olhos em lampejo ,
Minha mente flutua, em conversas gostosas,
Me sinto seguro ao provar seu beijo.
Oh tardes! Tardes sem fim,
Em riqueza de detalhes viajo,
Nesse céu estrelado de marfim,
Te olho calmo, calado.
Meu sorriso ofusca o universo,
Meu suor preenche o mar,
Seu jeitinho perverso,
Todo querendo me conquistar,
E destas tardes saem esses versos,
Que em seu mundo, me fazem viajar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Lágrimas e Luz
Em meus olhos viam-se sombras,
Em meu peito floriam medos,
Em minha mente nasciam desilusões,
Por minhas mãos, escapavam sonhos.
Em meu deitar sentia sua ausência,
Em meu despertar não havia abraço,
Em meu mar as ondas eram de açúcar,
Por elas os beija-flores inclinavam-se.
Mas em uma noite de chuva, fria e morta,
Em que as janelas batiam ferozmente contra a parede,
E o vento trazia os mais bizarros gemidos da dor,
Por uma fenda no teto eu pude ver a esperança.
Luziu fortemente um raio de sol todo alaranjado,
Um feixe de luz que se decompôs em minhas lágrimas,
Tornando-se um espectro de luz com as mais perfeitas cores,
E trazendo a vida novamente ao meu coração.
O vento cessou, já não havia mais chuva, nem frio,
As flores brotavam no meu jardim em pares,
E a noite vazia passou, deixou marcas e levou sua dor,
E o dia de sol chegou, me fazendo ver a beleza da vida.
Se não fosse as lágrimas que caíram de meus olhos,
A luz não se dividiria nas mais divinas cores,
Eu não poderia ver em um dia de sol as mais belas coisas,
E sem as lágrimas, a vitória não teria esse gosto.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Em meu peito floriam medos,
Em minha mente nasciam desilusões,
Por minhas mãos, escapavam sonhos.
Em meu deitar sentia sua ausência,
Em meu despertar não havia abraço,
Em meu mar as ondas eram de açúcar,
Por elas os beija-flores inclinavam-se.
Mas em uma noite de chuva, fria e morta,
Em que as janelas batiam ferozmente contra a parede,
E o vento trazia os mais bizarros gemidos da dor,
Por uma fenda no teto eu pude ver a esperança.
Luziu fortemente um raio de sol todo alaranjado,
Um feixe de luz que se decompôs em minhas lágrimas,
Tornando-se um espectro de luz com as mais perfeitas cores,
E trazendo a vida novamente ao meu coração.
O vento cessou, já não havia mais chuva, nem frio,
As flores brotavam no meu jardim em pares,
E a noite vazia passou, deixou marcas e levou sua dor,
E o dia de sol chegou, me fazendo ver a beleza da vida.
Se não fosse as lágrimas que caíram de meus olhos,
A luz não se dividiria nas mais divinas cores,
Eu não poderia ver em um dia de sol as mais belas coisas,
E sem as lágrimas, a vitória não teria esse gosto.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Peguei a caneta e fiquei a pensar,
Pensei no azul do céu, no verdo do mar,
Pensei nas chances perdidas, nas almas partidas,
Pensei nas vozes faladas, nas emoções roubadas.
Não parei de pensar, não parei de gostar,
Ouço a música vibrando, meu coração apertando,
Vejo as coisas caindo, vejo o brilho sumindo,
Não sei mais o que estou sentindo.
Sentimento, dor, amor, rancor.
As coisas passam, a vida passa.
Não me entrego mais a esse amor.
As cores escuras, sem graça,
Eu vou recomeçar meu amor,
Mas dessa vez, será sem você.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Pensei no azul do céu, no verdo do mar,
Pensei nas chances perdidas, nas almas partidas,
Pensei nas vozes faladas, nas emoções roubadas.
Não parei de pensar, não parei de gostar,
Ouço a música vibrando, meu coração apertando,
Vejo as coisas caindo, vejo o brilho sumindo,
Não sei mais o que estou sentindo.
Sentimento, dor, amor, rancor.
As coisas passam, a vida passa.
Não me entrego mais a esse amor.
As cores escuras, sem graça,
Eu vou recomeçar meu amor,
Mas dessa vez, será sem você.
(Carlos A. T. Rossignolo)
terça-feira, 16 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Alusão
Essa estrada infinita, me leva para o incerto,
Esse céu azul, cinza, pálido, nostálgico, aberto,
Essas árvores tristes, carregadas de poeira,
Me aludem a um futo mal, uma só maneira.
Essas tristes manhãs, frias, mortas,
Na janela sopravam, entravam nas portas,
Ao meu redor sentia, esse gelado calafrio,
Das noites sem sono, do lugar vaziu.
Onde eu olho para achar,
Aquele brilho do seu olhar,
Que lágrimas me fez derramar?
Onde eu tento ver,
Aquele lindo viver,
Que seu sorriso me fazia ter?
(Carlos A. T. Rossingolo)
Esse céu azul, cinza, pálido, nostálgico, aberto,
Essas árvores tristes, carregadas de poeira,
Me aludem a um futo mal, uma só maneira.
Essas tristes manhãs, frias, mortas,
Na janela sopravam, entravam nas portas,
Ao meu redor sentia, esse gelado calafrio,
Das noites sem sono, do lugar vaziu.
Onde eu olho para achar,
Aquele brilho do seu olhar,
Que lágrimas me fez derramar?
Onde eu tento ver,
Aquele lindo viver,
Que seu sorriso me fazia ter?
(Carlos A. T. Rossingolo)
Intrínseco
Eu sou o céu que está luzindo,
Nas nuvens esse brilho findo,
Refletido pela gotas de água,
Que em minha face se fez mágoa.
Eu sou o barco que está partindo,
Nas ondas que estavam vindo,
Nesse imenso e contrário mar,
Que para longe de mim me faz navegar.
Eu sou o sol que está queimando,
Em meu peito que está amando,
O seu jeito, o seu olhar,
Uma luz que na escuridão me faz andar.
Eu sou o vento que espalhou,
As tristezas mas que amou,
O seu falar, o seu sentir,
E já não quero desistir.
Eu sou a flor do jardim,
Que mesmo frio, exala jasmim,
Que não quer perder,
A razão do meu viver.
Eu sou eu, eu sou você,
Eu sou o amor que já não ve,
O meu eu está em ti,
Já não vejo o que eu sofri.
Eu sou o corção que está batendo,
Eu vejo um anjo me trazendo,
A vontade de viver,
O prazer em te querer.
Já não sei se eu tardei,
Mas contigo eu errei,
Contudo, posso te falar,
Que você é meu céu, meu chão, meu ar.
(Carlos A. T. Rossingnolo)
Nas nuvens esse brilho findo,
Refletido pela gotas de água,
Que em minha face se fez mágoa.
Eu sou o barco que está partindo,
Nas ondas que estavam vindo,
Nesse imenso e contrário mar,
Que para longe de mim me faz navegar.
Eu sou o sol que está queimando,
Em meu peito que está amando,
O seu jeito, o seu olhar,
Uma luz que na escuridão me faz andar.
Eu sou o vento que espalhou,
As tristezas mas que amou,
O seu falar, o seu sentir,
E já não quero desistir.
Eu sou a flor do jardim,
Que mesmo frio, exala jasmim,
Que não quer perder,
A razão do meu viver.
Eu sou eu, eu sou você,
Eu sou o amor que já não ve,
O meu eu está em ti,
Já não vejo o que eu sofri.
Eu sou o corção que está batendo,
Eu vejo um anjo me trazendo,
A vontade de viver,
O prazer em te querer.
Já não sei se eu tardei,
Mas contigo eu errei,
Contudo, posso te falar,
Que você é meu céu, meu chão, meu ar.
(Carlos A. T. Rossingnolo)
Lago
Observava suas águas cristalinas,
Calmas, serenas. Ao passar
Pelas margens, sem adrenalina,
Me parando, fixo, o caminhar.
Oh, águas do lago,
Como meu ser pede,
Implora para seu legado,
Não servir apenas para curar sede.
Queria ter a sua paz,
A calmaria de tua reflexão,
E as folhas caindo faz,
Agitar o ritmo do meu coração.
Se puder me ensinar,
A viver nesse mundo frio,
E me fazer aprender amar,
Sem me sentir vaziu.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Calmas, serenas. Ao passar
Pelas margens, sem adrenalina,
Me parando, fixo, o caminhar.
Oh, águas do lago,
Como meu ser pede,
Implora para seu legado,
Não servir apenas para curar sede.
Queria ter a sua paz,
A calmaria de tua reflexão,
E as folhas caindo faz,
Agitar o ritmo do meu coração.
Se puder me ensinar,
A viver nesse mundo frio,
E me fazer aprender amar,
Sem me sentir vaziu.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Amor?
Sentir esse oxímoro me arrepia,
Viver essa ilusão me faz pensar,
Tenho medo dessa fantasia,
Que em seus olhos me faz mergulhar.
Os dias ficam mais vibrantes,
A lua fica a admirar,
Esse amor que sinto alucinante,
Na areia, no céu, no mar.
Amor é criar,
Amor é ceder,
Amor é sonhar,
Amor é querer,
Amor é amar,
Amor é estar com você.
(Carlos A. T. Rossingnolo)
Viver essa ilusão me faz pensar,
Tenho medo dessa fantasia,
Que em seus olhos me faz mergulhar.
Os dias ficam mais vibrantes,
A lua fica a admirar,
Esse amor que sinto alucinante,
Na areia, no céu, no mar.
Amor é criar,
Amor é ceder,
Amor é sonhar,
Amor é querer,
Amor é amar,
Amor é estar com você.
(Carlos A. T. Rossingnolo)
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Você
Seus olhos são para mim como o mais profundo oceano, cheios de mistérios a serem desvendados, de surpresas. Quando me fixo em seu olhar, o instante para, a vida para, o tempo para, o mundo para. Você não entende porque eu fico assim, te olhando fixamente. Seu sorriso me mantém estático, sua boca me fascina. Mas não são essas características isoladas e insólitas que me prendem a ti. É algo irreal, algo que está além de mim. O que sinto é real, é sincero. Você pra mim tem sido meu sonho bom, minha mais nobre fantasia, meu acordar, meu recolher, meu chorar, meu sorrir. É contigo que quero viver esse momento infinito, é seu abraço que irá me confortar, é sua boca que irá me amar. Simplesmente, te amo.
Ao som das ondas no mar,
Eu me fixo em seu olhar,
Vejo as estrelas no céu,
Brilhando suas gotas de mel.
Na areia da praia num instante,
Nossas bocas se fundem amantes,
Seus caprichos aos meus carinhos,
Eu só podia enxergar um caminho.
O mar ia trazendo a brisa molhada,
O vento os sons da maré parada,
Os grãos de cristais sobre nós,
Fechavam os olhos e ficávamos sós.
Seu abraço me envolvia,
Seu beijo minha fantasia,
Seu perfume ilusão,
Seu ser em meu coração.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Ao som das ondas no mar,
Eu me fixo em seu olhar,
Vejo as estrelas no céu,
Brilhando suas gotas de mel.
Na areia da praia num instante,
Nossas bocas se fundem amantes,
Seus caprichos aos meus carinhos,
Eu só podia enxergar um caminho.
O mar ia trazendo a brisa molhada,
O vento os sons da maré parada,
Os grãos de cristais sobre nós,
Fechavam os olhos e ficávamos sós.
Seu abraço me envolvia,
Seu beijo minha fantasia,
Seu perfume ilusão,
Seu ser em meu coração.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Fuga
Era noite quando eu buscava seu perfume,
Na janela o vento soprava, me trazendo solidão,
E sua ausência me mata, me pune,
Castiga irreversívelmente meu coração.
Busque seus olhos, vire-os para mim,
Me devolva seu cheiro, se abraço meigo,
Me mostre que a vida pode não ter fim,
E me faça amar como se do amor, fosse leigo.
Onde estás a minha vontade de viver?
Onde estás a chama do meu peito?
Onde estás toda a fonte de alegria?
A perdi com meu medo de te perder.
Repousa sobre o meu frio leito.
Já não mais está onde eu jazia.
(Carlos A. T. Rossingolo)
Na janela o vento soprava, me trazendo solidão,
E sua ausência me mata, me pune,
Castiga irreversívelmente meu coração.
Busque seus olhos, vire-os para mim,
Me devolva seu cheiro, se abraço meigo,
Me mostre que a vida pode não ter fim,
E me faça amar como se do amor, fosse leigo.
Onde estás a minha vontade de viver?
Onde estás a chama do meu peito?
Onde estás toda a fonte de alegria?
A perdi com meu medo de te perder.
Repousa sobre o meu frio leito.
Já não mais está onde eu jazia.
(Carlos A. T. Rossingolo)
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Luz
Há momentos em que o tempo para,
Os ponteiros do relógio correm,
Mas somos imcapazes de percebê-los,
E nossos olhos derramam lágrigas.
Há momentos em que nos vemos perdidos,
Não enxergamos um caminho a seguir,
Não vemos o sol nascer, por mais que brilhe,
Não conseguimos apreender sua luz.
Nesses momentos da vida aprendemos,
Que jamais estamos sozinhos,
Por mais que achamos, e que não vejamos nada,
Sempre há alguém ao nosso lado.
Esse alguém é aquele que nos aponta a direção
E que ensina que tudo passa, tudo tem um momento.
Depois de uma noite de chuva, há um dia de sol,
E depois que as lágrimas limparem nossos olhos, podemos ver.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Os ponteiros do relógio correm,
Mas somos imcapazes de percebê-los,
E nossos olhos derramam lágrigas.
Há momentos em que nos vemos perdidos,
Não enxergamos um caminho a seguir,
Não vemos o sol nascer, por mais que brilhe,
Não conseguimos apreender sua luz.
Nesses momentos da vida aprendemos,
Que jamais estamos sozinhos,
Por mais que achamos, e que não vejamos nada,
Sempre há alguém ao nosso lado.
Esse alguém é aquele que nos aponta a direção
E que ensina que tudo passa, tudo tem um momento.
Depois de uma noite de chuva, há um dia de sol,
E depois que as lágrimas limparem nossos olhos, podemos ver.
(Carlos A. T. Rossignolo)
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Temporal
O tempo traz consigo a dor,
Nas suas asas prende-se o amor,
Em sua face vê se o sofrimento,
Em seu manto o contentamento.
O tempo é efêmero,
Em si concêntrico,
Dinâmico, estático,
Atroz, piedoso.
Ele é a vida, a antítese,
O oxímoro e o paradoxo.
Ele nos faz rir e nos faz chorar,
Apenas com o seu simples olhar.
Hoje ele veio e me deixou um presente, temporal.
(Carlos A. T Rossignolo)
Nas suas asas prende-se o amor,
Em sua face vê se o sofrimento,
Em seu manto o contentamento.
O tempo é efêmero,
Em si concêntrico,
Dinâmico, estático,
Atroz, piedoso.
Ele é a vida, a antítese,
O oxímoro e o paradoxo.
Ele nos faz rir e nos faz chorar,
Apenas com o seu simples olhar.
Hoje ele veio e me deixou um presente, temporal.
(Carlos A. T Rossignolo)
Difuso
Em seus olhos eu vejo,
Meu mundo girar,
Gira, gira, gira, em desejo,
Desejo de te encontrar.
Mas olho neles, cansados, perdidos,
Sem forças pra brilhar, e na aurora
Que desponta o dia, são sofridos,
Cheios de mágoas e pecados de outrora.
Mas ao passar do dia, ele brilha,
Mostra sua face clara, cativa,
E ao passar meu olhar cintila
Sua ofuscante luz ativa.
São seus olhos, seus olhos, seus olhos.
São eles nos meus, os meus aos teus.
Esqueça o que passou, o quanto errou,
Vire a página e sinta meu peito bater.
Eu vejo seus olhos, eles brilham para mim...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Meu mundo girar,
Gira, gira, gira, em desejo,
Desejo de te encontrar.
Mas olho neles, cansados, perdidos,
Sem forças pra brilhar, e na aurora
Que desponta o dia, são sofridos,
Cheios de mágoas e pecados de outrora.
Mas ao passar do dia, ele brilha,
Mostra sua face clara, cativa,
E ao passar meu olhar cintila
Sua ofuscante luz ativa.
São seus olhos, seus olhos, seus olhos.
São eles nos meus, os meus aos teus.
Esqueça o que passou, o quanto errou,
Vire a página e sinta meu peito bater.
Eu vejo seus olhos, eles brilham para mim...
(Carlos A. T. Rossignolo)
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Tardes
Sinto-me vaziu, como uma bexiga inflada de ar,
Não consigo mais achar meu chão, difícil caminhar,
As tardes me pego pensando em um futuro distante,
As noites me vejo lembrando do meu passado errante.
Poderia ser um raio de sol, que entrasse em minha janela,
Para alegrar meu coração e me tirar dessa cela,
Um cantar de pássaros risonhos,
Para essa tristeza secar, me fazer lembrar dos sonhos.
Meus sonhos sonhados, um dia almejados,
Hoje desprezados por esse aperto apertado,
Essa pressão que empurra meu peito,
E me põe no chão, nesse leito.
Minha mente em conflito, minha vida passando,
Meus compromissos esperando, um bem estar mediano,
A face aos tapas, os amores pesados,
Sem preconceitos, sem medos, sem lados...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Não consigo mais achar meu chão, difícil caminhar,
As tardes me pego pensando em um futuro distante,
As noites me vejo lembrando do meu passado errante.
Poderia ser um raio de sol, que entrasse em minha janela,
Para alegrar meu coração e me tirar dessa cela,
Um cantar de pássaros risonhos,
Para essa tristeza secar, me fazer lembrar dos sonhos.
Meus sonhos sonhados, um dia almejados,
Hoje desprezados por esse aperto apertado,
Essa pressão que empurra meu peito,
E me põe no chão, nesse leito.
Minha mente em conflito, minha vida passando,
Meus compromissos esperando, um bem estar mediano,
A face aos tapas, os amores pesados,
Sem preconceitos, sem medos, sem lados...
(Carlos A. T. Rossignolo)
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
Sentido
Eu não sei mais se estou
Tentando levar, em vão,
Uma vida que escapou
Pelas minhas mãos.
Eu não sei mais se devo tentar,
Tentar seguir em frente,
Ou se o melhor seria logo se entregar,
E dizer tudo o que se tem em mente.
A vida sofrida, desiludida, angustiaga, apagada, embranquiçada, desbotada.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Tentando levar, em vão,
Uma vida que escapou
Pelas minhas mãos.
Eu não sei mais se devo tentar,
Tentar seguir em frente,
Ou se o melhor seria logo se entregar,
E dizer tudo o que se tem em mente.
A vida sofrida, desiludida, angustiaga, apagada, embranquiçada, desbotada.
(Carlos A. T. Rossignolo)
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Coisas
Quando penso nesse amor,
Logo me vem aquela dor,
A dor daquela noite fria,
Que entristecer-me fazia.
Eu entreguei a ti meu coração,
E ganhei de ti decepção,
Eu te amei verdadeiramente,
Não foi amor de serpente,
Não foi amar por amar,
Foi sonhar, sonhar
Meus mais lindos sonhos
Ao seu lado, risonhos
Em minha ingenuidade,
Mas de repente tudo acabou,
Nessa noite que passou,
Passou minha admiração,
Me vejo aqui em solidão,
E esse mar, que não passa,
Que não para, que amassa,
Amassa com suas ondas
E vem nessa ressaca longa.
Ao olhar para trás,
Vejo meu olhar fugaz,
Minhas lágrimas que caíram,
Meus caminhos que fugíram,
E tudo o que eu mais queria
Era demostrar o que sentia,
Sentia um carinho imenso,
Me perdia nos seus olhos densos,
Admirava seu sorriso brilhante,
Era em ti uma constante,
Constante de felicidade,
Constante de vivacidade.
Agora, em meu despertar,
Já me é roubado o sono, o falar,
Penso em ti a todo instante,
E vejo meu peito vibrante,
E ouço meu respirar cansado,
E sinto meus sentidos parados.
O que queria era dizer "te amo",
Te dar um abraço, sem dano,
Mas não é assim,
Não é fácil pra mim.
O tempo tem tempo
Pra curar essa ferida ao vento,
E eu vou deixar, deixar a vida mostrar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Logo me vem aquela dor,
A dor daquela noite fria,
Que entristecer-me fazia.
Eu entreguei a ti meu coração,
E ganhei de ti decepção,
Eu te amei verdadeiramente,
Não foi amor de serpente,
Não foi amar por amar,
Foi sonhar, sonhar
Meus mais lindos sonhos
Ao seu lado, risonhos
Em minha ingenuidade,
Mas de repente tudo acabou,
Nessa noite que passou,
Passou minha admiração,
Me vejo aqui em solidão,
E esse mar, que não passa,
Que não para, que amassa,
Amassa com suas ondas
E vem nessa ressaca longa.
Ao olhar para trás,
Vejo meu olhar fugaz,
Minhas lágrimas que caíram,
Meus caminhos que fugíram,
E tudo o que eu mais queria
Era demostrar o que sentia,
Sentia um carinho imenso,
Me perdia nos seus olhos densos,
Admirava seu sorriso brilhante,
Era em ti uma constante,
Constante de felicidade,
Constante de vivacidade.
Agora, em meu despertar,
Já me é roubado o sono, o falar,
Penso em ti a todo instante,
E vejo meu peito vibrante,
E ouço meu respirar cansado,
E sinto meus sentidos parados.
O que queria era dizer "te amo",
Te dar um abraço, sem dano,
Mas não é assim,
Não é fácil pra mim.
O tempo tem tempo
Pra curar essa ferida ao vento,
E eu vou deixar, deixar a vida mostrar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
O mundo é uma tragédia. Um palco irônico de existência. Eu, um palhaço sendo manipulado.
Pensei que nossos sentimentos fossem concretos,
Achei que o que importava era só eu e você,
Julguei que eu seria algo bom na sua vida,
Me equivoquei pensando que ganharia algum respeito de você.
Quando dizia que amava, eu relamente amava. Me entreguei a esse amor, abri mão de muitas coisas, mas você deixou um abismo dentro do meu coração.
Não sei se será como foi, se será se será se será...
Coisas incertas, futuras, distantes.
A vida é uma caixinha de surpresas, e eu queria que fosse meu presente, mas como o nome disse: me surpreendi.
Pensei que nossos sentimentos fossem concretos,
Achei que o que importava era só eu e você,
Julguei que eu seria algo bom na sua vida,
Me equivoquei pensando que ganharia algum respeito de você.
Quando dizia que amava, eu relamente amava. Me entreguei a esse amor, abri mão de muitas coisas, mas você deixou um abismo dentro do meu coração.
Não sei se será como foi, se será se será se será...
Coisas incertas, futuras, distantes.
A vida é uma caixinha de surpresas, e eu queria que fosse meu presente, mas como o nome disse: me surpreendi.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Noite Sombria
A lua descansava imóvel no céu,
Nuvens cobriam-na com transparente véu,
Ouvia-se uivos na floresta sombria,
A noite dilacerava os ossos com sua brisa fria.
Os mortos enterrados mexiam-se em suas valas,
A luz opaca que iluminava a triste e vazia sala,
Lentamente se entregava e se transformava na escuridão,
Na escuridão que enegrecia e congelava o mais puro coração.
As portas batiam, as janelas abriam, a neblina entrava,
A dama de branco se levantava da cama e caminhava
Em direção ao doce fluido que escorria pelas paredes,
Um medo incontrolável e uma sangrenta sede.
O dia não chegava, a imensidão profunda e negra se estendia,
As estrelas cobriam suas faces para não ver aquela cena vazia,
Que outrora fora alegre, fora clara, alva e brilhara como o sol a pino,
Mas que hoje se entranha como um homem que já não ouve o sino.
Essas imagens macabras vinham em minha mente,
Eu já não era mais aquele menino contente,
Pois a vida vai nos esvaindo, gota a gota, até que paramos,
E olhamos nossos caminhos percorridos e falhamos.
Queria apenas ver o dia, a aurora despontar naquela floresta,
Iluminar os ramos das árvores, trancar nas valas suas arestas,
Ver aquela sala alegre, aquela dama se vestir com vestidos vivos,
Ver que minha mente já se livrou desses pensamentos nocivos.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Nuvens cobriam-na com transparente véu,
Ouvia-se uivos na floresta sombria,
A noite dilacerava os ossos com sua brisa fria.
Os mortos enterrados mexiam-se em suas valas,
A luz opaca que iluminava a triste e vazia sala,
Lentamente se entregava e se transformava na escuridão,
Na escuridão que enegrecia e congelava o mais puro coração.
As portas batiam, as janelas abriam, a neblina entrava,
A dama de branco se levantava da cama e caminhava
Em direção ao doce fluido que escorria pelas paredes,
Um medo incontrolável e uma sangrenta sede.
O dia não chegava, a imensidão profunda e negra se estendia,
As estrelas cobriam suas faces para não ver aquela cena vazia,
Que outrora fora alegre, fora clara, alva e brilhara como o sol a pino,
Mas que hoje se entranha como um homem que já não ouve o sino.
Essas imagens macabras vinham em minha mente,
Eu já não era mais aquele menino contente,
Pois a vida vai nos esvaindo, gota a gota, até que paramos,
E olhamos nossos caminhos percorridos e falhamos.
Queria apenas ver o dia, a aurora despontar naquela floresta,
Iluminar os ramos das árvores, trancar nas valas suas arestas,
Ver aquela sala alegre, aquela dama se vestir com vestidos vivos,
Ver que minha mente já se livrou desses pensamentos nocivos.
(Carlos A. T. Rossignolo)
sábado, 9 de outubro de 2010
Ataque do Capitalismo
Pensem nos milhões
Verdinhos e frescos
Pensem nos políticos
Cegos ou atores?
Pensem nas vítimas do 11 de setembro,
Carne dilacerada
Pensem na "guerra ao terror"
Como "guerra para o petróleo"
Mas, oh, não se esqueçam,
Do rosa das faces
Do rosa do desespero
O rosa de sangue com cimento
O rosa voador dos [norte] americanos
O rosa das túnicas púrpuras
O rosa da areia do deserto
Que se mistura na vasta imensidão
Do negro do coração e do óleo denso
Que move nosso mundo capitalista.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Verdinhos e frescos
Pensem nos políticos
Cegos ou atores?
Pensem nas vítimas do 11 de setembro,
Carne dilacerada
Pensem na "guerra ao terror"
Como "guerra para o petróleo"
Mas, oh, não se esqueçam,
Do rosa das faces
Do rosa do desespero
O rosa de sangue com cimento
O rosa voador dos [norte] americanos
O rosa das túnicas púrpuras
O rosa da areia do deserto
Que se mistura na vasta imensidão
Do negro do coração e do óleo denso
Que move nosso mundo capitalista.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
(Vinícius de Moraes)
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
(Vinícius de Moraes)
Egomanismo
Quando Deus já havia criado tudo,
O mundo estava seguro, maduro,
Mas no sexto dia, resolveu fazer
O homem, sentenciando sua obra a morrer.
De sua mais casta brilhante mente,
Ultrapassou os limites do Fiat luzente,
O que suficiente era parar na luz,
Extendeu-se até o ser que do pecado se reproduz.
Estendido o dedo da misericórdia,
Deus nos oferece sabedoria,
Busca ao homem anular a discórdia,
E compõe essa errônea sinfonia.
O homem contrai seu dedo,
Aponta-o para seu umbigo,
Da ira de Deus já não tem medo,
Mas dita regras para ser temido.
Não se concretiza a união,
Criador e criatura ficam separados,
E é dessas batalhas que se farão
Sumir a maioria dos pecados.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Para analisar-se uma obra em sua totalidade de significação, deve-se ter um pré conhecimento de sua tese, "anti-tese", síntese, realidade do autor, momento histórico, entre outros. Assim, tira-se das entrelinhas as informações relevantes do texto, conectadas aleatoriamente, sendo depois, organizadas em um complexo quebra cabeças.
(Carlos A. T. Rossignolo)
(Carlos A. T. Rossignolo)
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Mediana
A vida é um reta finita,
Em que as coisas podem ser,
Ou não. Nessa intensa lida,
Damos o status de viver.
Passo as mãos pelos fios,
Meio loiros, meio negros,
Sinto em minha cabeça vaziu,
Sonhos que não posso tê-los.
A mais profunda sensação
De harmonia, profunda, vazia,
Essa doce acompanhada solidão,
Pensativo o dia me fazia.
Nesse papel é preto no branco,
É branco no preto, é variável,
Tudo tende ao encando,
A uma forma admirável.
Ser ou não ser? Um dilema na vida.
Não importa a resposta dura e sofrida,
O que importa é a magia da cigana,
E em tudo temperança, mediana.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Em que as coisas podem ser,
Ou não. Nessa intensa lida,
Damos o status de viver.
Passo as mãos pelos fios,
Meio loiros, meio negros,
Sinto em minha cabeça vaziu,
Sonhos que não posso tê-los.
A mais profunda sensação
De harmonia, profunda, vazia,
Essa doce acompanhada solidão,
Pensativo o dia me fazia.
Nesse papel é preto no branco,
É branco no preto, é variável,
Tudo tende ao encando,
A uma forma admirável.
Ser ou não ser? Um dilema na vida.
Não importa a resposta dura e sofrida,
O que importa é a magia da cigana,
E em tudo temperança, mediana.
(Carlos A. T. Rossignolo)
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Amizade
São as leves lembranças do que passou,
Que minha amarga e doce infância me causou,
Dos amigos que lá deixei, das coisas que me separei,
Que não voltam mais, que talvez na eternidade verei.
Foram bons momentos os quais passamos,
Na calçada, na rua, na janela, ficamos
Observando a paisagem, as coisas da vida,
Que nunca são aos olhos de criança sofridas.
Hoje aqui me encontro, longe de suas risadas,
Que me eram doces, ria de suas piadas
Toscas, mas por minha parte amadas.
Você ai se encontra, não sei nem
O que faz, nem o que agora tem,
Mas guardo as doces lembranças que convém.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Que minha amarga e doce infância me causou,
Dos amigos que lá deixei, das coisas que me separei,
Que não voltam mais, que talvez na eternidade verei.
Foram bons momentos os quais passamos,
Na calçada, na rua, na janela, ficamos
Observando a paisagem, as coisas da vida,
Que nunca são aos olhos de criança sofridas.
Hoje aqui me encontro, longe de suas risadas,
Que me eram doces, ria de suas piadas
Toscas, mas por minha parte amadas.
Você ai se encontra, não sei nem
O que faz, nem o que agora tem,
Mas guardo as doces lembranças que convém.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Dança
E é nesse gingado suado,
Da cor do pecado atrasado,
Que faz minhas veias pularem,
Que faz minhas lágrimas saltarem.
Esse dom sensorial, coordenado,
Bem feito, curiosamente preparado,
Que dançamos até falarem
Nossos pés cansados: parem!
Na noite, no dia, na mais fria alegria,
Tudo se entrelaça entre os corpos de magia,
Seguindo a mestra lei da sinfonia.
As vibrações mexem as células estáticas,
As notas soam mais alto que o coração, enfáticas,
E dissolve-se a solidão dos meus dias, apáticas.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Da cor do pecado atrasado,
Que faz minhas veias pularem,
Que faz minhas lágrimas saltarem.
Esse dom sensorial, coordenado,
Bem feito, curiosamente preparado,
Que dançamos até falarem
Nossos pés cansados: parem!
Na noite, no dia, na mais fria alegria,
Tudo se entrelaça entre os corpos de magia,
Seguindo a mestra lei da sinfonia.
As vibrações mexem as células estáticas,
As notas soam mais alto que o coração, enfáticas,
E dissolve-se a solidão dos meus dias, apáticas.
(Carlos A. T. Rossignolo)
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Aurora
É nessa aurora luzente que suspiro,
Suspiro seu nome ausente e respiro,
Respiro seu doce perfume a me contemplar,
Comtemplar-me com seu doce e meigo olhar.
Nessa hora eu paro tudo, olho fixo pro céu,
Tento ver seu rosto alvo coberto com véu,
Sua boca suave de um vermelho vivo,
A me dizer calmas palavra de aviso.
Mas você não está no céu,
Você não está doce de mel,
Já não é mais como em outrora.
Me sinto subjulgado a ti como réu,
Comtemplo o triste sabor do féu,
E vejo brilhar novamente a aurora.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Suspiro seu nome ausente e respiro,
Respiro seu doce perfume a me contemplar,
Comtemplar-me com seu doce e meigo olhar.
Nessa hora eu paro tudo, olho fixo pro céu,
Tento ver seu rosto alvo coberto com véu,
Sua boca suave de um vermelho vivo,
A me dizer calmas palavra de aviso.
Mas você não está no céu,
Você não está doce de mel,
Já não é mais como em outrora.
Me sinto subjulgado a ti como réu,
Comtemplo o triste sabor do féu,
E vejo brilhar novamente a aurora.
(Carlos A. T. Rossignolo)
"E quando olho para o céu, não são estrelas que vejo, mas seu lindo sorriso.
Quando olho para o mar, são seus olhos azuis que sinto a me fitar.
Nos campos de flores sinto seu perfume a me envolver.
Em minha mente te sinto por inteiro, te tenho totalmente, fazendo parte inseparável de meu ser.
Isso só acontece quando descobre-se o amor!"
Quando olho para o mar, são seus olhos azuis que sinto a me fitar.
Nos campos de flores sinto seu perfume a me envolver.
Em minha mente te sinto por inteiro, te tenho totalmente, fazendo parte inseparável de meu ser.
Isso só acontece quando descobre-se o amor!"
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Flor
Era você a mais bela flor
Que enaltecia meu jardim,
Suas cores, seu odor,
Levavam a dor ao fim.
Era você o mais belo entardecer,
Que minhas tardes iluminava,
Que fazia do meu viver,
Poder ter a vida que sonhava.
Era você o mais azul dos mares,
Que em sua profunda imensidão,
Prendia fixos todos os olhares,
E enchia com as águas meu coração.
Era você minha doce poesia,
Meu mundo novo e colorido,
Minha mais nobre fantasia,
Toda a alegria que já havia tido.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Que enaltecia meu jardim,
Suas cores, seu odor,
Levavam a dor ao fim.
Era você o mais belo entardecer,
Que minhas tardes iluminava,
Que fazia do meu viver,
Poder ter a vida que sonhava.
Era você o mais azul dos mares,
Que em sua profunda imensidão,
Prendia fixos todos os olhares,
E enchia com as águas meu coração.
Era você minha doce poesia,
Meu mundo novo e colorido,
Minha mais nobre fantasia,
Toda a alegria que já havia tido.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Era mais um dia comum em minha vida, com a mesma monotonia, a mesma rotina de sempre. A grama seca do jardim, as árvores que olhavam para o céu implorando uma gota de chuva, os grãos de areia rodopiavam no ar, fazendo uma barulhenta e seca sinfonia, proveniente das construções do capitalismo. A paisagem era essa, seca, rude, agressiva, desestimulante. Não havia pássaros no céu, não havia cantar na cidade, o seu cinza se destacava em meio a tudo. Estava um calor que derretia os miolos, saindo das ruas de concreto como se quisessem dominar todo o planeta. Eu já não sabia mais o que fazer, já não me sentia mais em casa, estava deslocado de minha realidade, ou era apenas a efeito do meio sobre mim.
Na volta para casa, vim refletindo, pela avenida calma e serena, sobre minha vida, em que várias coisas me acudiam. Olhava os edifícios vistoso e almejava-os, pensa nos carros que poderia comprar e no que fazer para tê-los. Não nego que dinheiro me agrada, mas me agrada mais ainda a cultura. Na escolha da profissão, estou totalmente indeciso. O mundo inteiro parece olhar para mim, em um coro austero e me dizer: "Você tem dez segundos para escolher o seu futuro." As coisas então fugindo ao meu controle, a poesia me agrada, linguística e suas carreiras, todavia sou apaixonado por medicia, por seres humanos. Tenho meu futuro incerto.
Ia olhando a cidade e construindo meus sonhos, minhas esperanças, minhas aspirações. A cultura me enaltece, o saber me seduz e poder me ajudar o próximo, me completa.
Me sinto assim, perdido, flutuando em um mundo superconcreto, deslocado da realidade, pressionado, e isso vai fazendo mal, apertando o coração. Sou apenas uma criança de 17 anos com uma responsabilidade de nações em minhas frágeis mãos!
Na volta para casa, vim refletindo, pela avenida calma e serena, sobre minha vida, em que várias coisas me acudiam. Olhava os edifícios vistoso e almejava-os, pensa nos carros que poderia comprar e no que fazer para tê-los. Não nego que dinheiro me agrada, mas me agrada mais ainda a cultura. Na escolha da profissão, estou totalmente indeciso. O mundo inteiro parece olhar para mim, em um coro austero e me dizer: "Você tem dez segundos para escolher o seu futuro." As coisas então fugindo ao meu controle, a poesia me agrada, linguística e suas carreiras, todavia sou apaixonado por medicia, por seres humanos. Tenho meu futuro incerto.
Ia olhando a cidade e construindo meus sonhos, minhas esperanças, minhas aspirações. A cultura me enaltece, o saber me seduz e poder me ajudar o próximo, me completa.
Me sinto assim, perdido, flutuando em um mundo superconcreto, deslocado da realidade, pressionado, e isso vai fazendo mal, apertando o coração. Sou apenas uma criança de 17 anos com uma responsabilidade de nações em minhas frágeis mãos!
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Epifania
Oh deuses do Olimpo!
Oh senhores do limbo!
Onde escondem seus dons?
Onde omitem esses sons?
O mundo parece estar estático,
O ruído dos carros, do pátio,
Tudo tornou-se o mais severo
E absurdo deste findo esmero.
Onde está a poluição?
Onde está o caos da cidade?
Onde foi o aperto no coração?
Não sinto mais solidão,
Inundo-me de felicidade,
Está tudo em suas mãos.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Oh senhores do limbo!
Onde escondem seus dons?
Onde omitem esses sons?
O mundo parece estar estático,
O ruído dos carros, do pátio,
Tudo tornou-se o mais severo
E absurdo deste findo esmero.
Onde está a poluição?
Onde está o caos da cidade?
Onde foi o aperto no coração?
Não sinto mais solidão,
Inundo-me de felicidade,
Está tudo em suas mãos.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Calmaria
O mundo já não é mais tão
Aquele preto e branco vão,
Que coloria minha mente,
E nessa paz, nada se sente.
Os ventos se tornaram brisa,
No chão áspero não mais se pisa,
As nuvens negras clarearam,
As ondas fortes cessaram.
O que pode se fazer,
Quando é da tempestade
Que se tira o querer?
O que pode escurecer,
Essa insana claridade,
Para o dom em mim renascer?
(Carlos A. T. Rossignolo)
Aquele preto e branco vão,
Que coloria minha mente,
E nessa paz, nada se sente.
Os ventos se tornaram brisa,
No chão áspero não mais se pisa,
As nuvens negras clarearam,
As ondas fortes cessaram.
O que pode se fazer,
Quando é da tempestade
Que se tira o querer?
O que pode escurecer,
Essa insana claridade,
Para o dom em mim renascer?
(Carlos A. T. Rossignolo)
Deveria estar aflito, confuso... Mas é essa paz interior que mexe comigo, em um momento tão delicado.
Acho que meu cérebro já passou a bloquear as coisas desnecessárias e comuns a mim, não respondo mais tão sensivelmente a impulsos externos.
Meu "EU" está tranquilo, pacífico. Não tenho mais conflitos, nem inspiração para escrever.
Acho que meu cérebro já passou a bloquear as coisas desnecessárias e comuns a mim, não respondo mais tão sensivelmente a impulsos externos.
Meu "EU" está tranquilo, pacífico. Não tenho mais conflitos, nem inspiração para escrever.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
É Você
Que alegra todas minhas manhãs,
Que transforma minhas alegrias vãs,
Que faz meu mundo um lugar melhor,
Que faz meus secretos sentimentos expor.
Você foi assim, essa boa ilusão,
Esse ritmo que toca o meu coração,
Esse impulso frenético e suave,
Um desejo de que nunca se acabe.
Nem o sol, nem o mar,
Nem as nuvens e o falar,
Nem as estrelas e o luar,
Vão me fazer parar.
Os pássaros no céu, as flores no jardim,
Te entrego o mundo, o infinito sem fim,
E esse sentimento que trago comigo,
Faz eu ver em ti, meu seguro abrigo.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Que transforma minhas alegrias vãs,
Que faz meu mundo um lugar melhor,
Que faz meus secretos sentimentos expor.
Você foi assim, essa boa ilusão,
Esse ritmo que toca o meu coração,
Esse impulso frenético e suave,
Um desejo de que nunca se acabe.
Nem o sol, nem o mar,
Nem as nuvens e o falar,
Nem as estrelas e o luar,
Vão me fazer parar.
Os pássaros no céu, as flores no jardim,
Te entrego o mundo, o infinito sem fim,
E esse sentimento que trago comigo,
Faz eu ver em ti, meu seguro abrigo.
(Carlos A. T. Rossignolo)
domingo, 5 de setembro de 2010
.
Eu acho que me apaixonei. Foi algo estranho, surreal e engraçado ao mesmo tempo e provavelmente, essa pessoa não irá saber que ela é a razão desse pequeno texto.
Você chegou, como de repente, entrou em minha vida, me olhou, nossos olhares se cruzaram e eu te analisando friamente. Com o passar das horas, seu jeitinho me conquistou, estava preso, mas admirava. Foi quem me alegrou, foi quem resgatou meu coração de uma duradoura inatividade.
Por você, acho que sofreria tudo outra vez, arriscaria meu "pseudo-feliz-estruturado-mundo" para te arrancar um sorriso, um gesto de carinho, um beijo! Arriscaria dizer: te amo.
É por você que estou aqui, é você que criou essas palavras e não eu. Você é a inspiração, é a força que faz saltar essas letras. É o autor desse texto e mais, do sentimento novo que estou sentindo.
(Desconhecido)
Você chegou, como de repente, entrou em minha vida, me olhou, nossos olhares se cruzaram e eu te analisando friamente. Com o passar das horas, seu jeitinho me conquistou, estava preso, mas admirava. Foi quem me alegrou, foi quem resgatou meu coração de uma duradoura inatividade.
Por você, acho que sofreria tudo outra vez, arriscaria meu "pseudo-feliz-estruturado-mundo" para te arrancar um sorriso, um gesto de carinho, um beijo! Arriscaria dizer: te amo.
É por você que estou aqui, é você que criou essas palavras e não eu. Você é a inspiração, é a força que faz saltar essas letras. É o autor desse texto e mais, do sentimento novo que estou sentindo.
(Desconhecido)
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Floresta
Em densa noite vazia,
Uma árvore a mim sorria,
Com as folhas ao vento triste,
Só a dor aqui existe.
A névoa pálida conduz,
O rio mostra vaga luz,
Das tumbas o orbe ausente,
De um lugar que foi contente.
Suas folhas cortam a vida,
Suas flores são fúnebres,
Seus ruídos são despedida.
Os mortos a ela imunes,
As lágrimas caem despidas,
Já não exala perfumes.
(Carlos A. T. Rossingolo)
Uma árvore a mim sorria,
Com as folhas ao vento triste,
Só a dor aqui existe.
A névoa pálida conduz,
O rio mostra vaga luz,
Das tumbas o orbe ausente,
De um lugar que foi contente.
Suas folhas cortam a vida,
Suas flores são fúnebres,
Seus ruídos são despedida.
Os mortos a ela imunes,
As lágrimas caem despidas,
Já não exala perfumes.
(Carlos A. T. Rossingolo)
Cartas
Fiz cartas de amor pra ti,
Pelas cartas cruas vivi,
Mas não achei nelas quão
Doce nome ser padrão.
Elas viram a brisa fria,
Nas noites de calmaria,
Da janela entrar discretas,
Pela dor que ainda resta.
Elas viram meu vão chorar,
Esses negros versos falar,
Do amor inalcansável,
Da amada inatingível.
Elas viram o fogo ardente,
Queimá-las contentemente,
Ao zombar do meu amor,
Ao meu peito por a dor.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Pelas cartas cruas vivi,
Mas não achei nelas quão
Doce nome ser padrão.
Elas viram a brisa fria,
Nas noites de calmaria,
Da janela entrar discretas,
Pela dor que ainda resta.
Elas viram meu vão chorar,
Esses negros versos falar,
Do amor inalcansável,
Da amada inatingível.
Elas viram o fogo ardente,
Queimá-las contentemente,
Ao zombar do meu amor,
Ao meu peito por a dor.
(Carlos A. T. Rossignolo)
terça-feira, 31 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
Carência
Nessa triste e vazia mesa,
Há uma cadeira ausente,
Me trazendo a tristeza,
Dessa noite calma luzente.
Olho uma estrela na janela,
Que me ofusca ao brilho dela,
E a vela na mesa brilhando,
Faz o tempo ir passando.
Seus braços me envolvendo,
Fico imaginando sofrendo,
As horas passam sem pressa,
A sua boca me beija depressa.
O vento corta minha face,
Terminando esse triste disfarce,
Olho novamente a cadeira
E fico sozinho a vida inteira.
(Carlos A. T. Rossingolo)
Há uma cadeira ausente,
Me trazendo a tristeza,
Dessa noite calma luzente.
Olho uma estrela na janela,
Que me ofusca ao brilho dela,
E a vela na mesa brilhando,
Faz o tempo ir passando.
Seus braços me envolvendo,
Fico imaginando sofrendo,
As horas passam sem pressa,
A sua boca me beija depressa.
O vento corta minha face,
Terminando esse triste disfarce,
Olho novamente a cadeira
E fico sozinho a vida inteira.
(Carlos A. T. Rossingolo)
Ausência
Sua presença eu não sinto mais,
O mundo já não me satisfaz,
Me perco em meus sonhos ausentes,
Sendo a mim tristeza tangente.
Não há lugar calmo que dê,
A explicação e o porquê,
Não há mais nenhuma razão,
Que me dê lógica explicação.
O mundo perdeu a graça,
Não há nada que eu faça,
Para conseguir te esquecer,
Nesse meu vazio viver.
Onde está você, doce amor?
Que em minha vida colocou dor,
Que me deixou tão dependente a ti,
Que me fez saber que foi por ti que eu vivi.
(Carlos A. T. Rossignolo)
O mundo já não me satisfaz,
Me perco em meus sonhos ausentes,
Sendo a mim tristeza tangente.
Não há lugar calmo que dê,
A explicação e o porquê,
Não há mais nenhuma razão,
Que me dê lógica explicação.
O mundo perdeu a graça,
Não há nada que eu faça,
Para conseguir te esquecer,
Nesse meu vazio viver.
Onde está você, doce amor?
Que em minha vida colocou dor,
Que me deixou tão dependente a ti,
Que me fez saber que foi por ti que eu vivi.
(Carlos A. T. Rossignolo)
A Ilha do Medo
Há momentos em que me perco em meus pensamentos, sentimentos, emoções. Nesses momentos me sinto sozinho, em uma ilha escura, separado de todos por um vasto oceano negro e furioso. Nessa ilha perdem-se sonhos e realidade, fundindo-se em um inexplicável fluxo. Criaturas se misturam, as ondas colidem-se com as rochas, os pássaros, apesar de saberem voar, não são livres.
Essa ilha é minha mente. Nela vivem meus sonhos, meus pesadelos. Nela encontro meu paraíso e minha prisão. Nela me perco e me encontro. Nela eu busco minha identidade, em vão. Algumas vezes ela me trai e atrai, assim como meus sentido. Vivo em um mundo subjetivo, buscando algo sólido em que posso me firmar, mas temo que em minha ilha, não o encontrarei.
Essa ilha é minha mente. Nela vivem meus sonhos, meus pesadelos. Nela encontro meu paraíso e minha prisão. Nela me perco e me encontro. Nela eu busco minha identidade, em vão. Algumas vezes ela me trai e atrai, assim como meus sentido. Vivo em um mundo subjetivo, buscando algo sólido em que posso me firmar, mas temo que em minha ilha, não o encontrarei.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Não precisamos do campo (fugere urben), não precisamos do cotidiano (aurea mediocritas), podemos acrescentar o inútil (inutilia truncat), mas não podemos deixar de" Carpe Diem"...
Nossa função para achar a felicidade e ter uma vida aprazível é saber equilibrar as coisas, agir de forma sábia.
Se conseguirmos nos decifrar, nos entender e nos harmonizarmos, atingiremos a felicidade, independente de onde estejamos. Não precisamos de mais nada para isso, só de nós mesmo.
E quando nos falta a nós, como dizia Machado: "Essa lacuna é tudo", buscamos em algo que nos irá permitir uma satisfação, mas ela é imediata e ínfima, comparada àquela que vem de seu interior, que faz você entrar em sintonia com o mundo. Ser quem somos é importante, essa liberdade nos satisfaz e nos completa. Procure o "ser feliz" em você mesmo.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Nossa função para achar a felicidade e ter uma vida aprazível é saber equilibrar as coisas, agir de forma sábia.
Se conseguirmos nos decifrar, nos entender e nos harmonizarmos, atingiremos a felicidade, independente de onde estejamos. Não precisamos de mais nada para isso, só de nós mesmo.
E quando nos falta a nós, como dizia Machado: "Essa lacuna é tudo", buscamos em algo que nos irá permitir uma satisfação, mas ela é imediata e ínfima, comparada àquela que vem de seu interior, que faz você entrar em sintonia com o mundo. Ser quem somos é importante, essa liberdade nos satisfaz e nos completa. Procure o "ser feliz" em você mesmo.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Conto - Para Refletir
Em uma planície distante, onde havia um vilarejo, na imensidão do Universo, vivia uma numerosa família. Essa família era composta pela mãe, chamada Sol, e por mais nove filhos.
Esses filhos chamavam-se Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Jupter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.
Viviam uma vida simples, modesta, mas feliz. Certo dia, Terra estava correndo nas margens de um lago de águas frias e cristalinas que desciam do topo de uma montanha coberta de neve e serpenteavam pelo vale, até atingir o ocenao a alguns quilômetros dali.
Ao cantar de uma pomba, sentiu-se enjoada, sua visão começou a escurecer, seu corpo passou a ficar cada vez mais quente, como se retesse todo o calor, sua beleza natural começou a desaparecer.
Quando chegou em casa, sua mãe ficou preocupada e decidiu levá-la a um médico. Chegando ao médio, este disse:
- Minha cara, existe uma população de um certo tipo de microorganismos em seu corpo, nós os chamamos de Humanidade e são um tipo de bactéria que exerce dupla função. Elas podem atuar no seu intestino e ajudar no processo de digestão, ficando em perfeito equilíbrio com você, ou também podem começar a atacar seus sitemas, o que é o caso.
Como elas não pararam de atacar o organismo de Terra, ela morreu.
Ela e a população de Humanidade, pois a Terra poderia viver sem a Humanidade, mas a Humanidade não pode viver sem a Terra. Esse microorganismo é um tanto imbecil, pois destruiu aquilo que sustentava a sua existência!
(Carlos A. T. Rossignolo)
Esses filhos chamavam-se Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Jupter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.
Viviam uma vida simples, modesta, mas feliz. Certo dia, Terra estava correndo nas margens de um lago de águas frias e cristalinas que desciam do topo de uma montanha coberta de neve e serpenteavam pelo vale, até atingir o ocenao a alguns quilômetros dali.
Ao cantar de uma pomba, sentiu-se enjoada, sua visão começou a escurecer, seu corpo passou a ficar cada vez mais quente, como se retesse todo o calor, sua beleza natural começou a desaparecer.
Quando chegou em casa, sua mãe ficou preocupada e decidiu levá-la a um médico. Chegando ao médio, este disse:
- Minha cara, existe uma população de um certo tipo de microorganismos em seu corpo, nós os chamamos de Humanidade e são um tipo de bactéria que exerce dupla função. Elas podem atuar no seu intestino e ajudar no processo de digestão, ficando em perfeito equilíbrio com você, ou também podem começar a atacar seus sitemas, o que é o caso.
Como elas não pararam de atacar o organismo de Terra, ela morreu.
Ela e a população de Humanidade, pois a Terra poderia viver sem a Humanidade, mas a Humanidade não pode viver sem a Terra. Esse microorganismo é um tanto imbecil, pois destruiu aquilo que sustentava a sua existência!
(Carlos A. T. Rossignolo)
Contemporâneo
"Eu quero uma casa,
Eu quero um carro,
Eu quero roupas novas,
Eu quero mais dinheiro."
"A sociedade deste século está embasada em duas palavras: um pronome e um verbo. O pronome é o 'eu', revelando nosso carater egoísta; o verbo é 'querer', mostrando que fomos escravizados por esse consumismo exacerbado."
Oh, capitalismo cruel,
Que das pobres vidas humanas,
Transformaste o mel em fel,
E tornaste-as profanas.
Fizeste isso sem dó,
Ocultaste a sabedoria,
Tornaste o homem pó,
E tiraste toda alegria.
Das cidades fizeste altar,
Dos campos a ignorância,
Aos homens ensinaste o falar,
Da abominável petulância.
Escravizaste a todos os seres,
Sem distinguir classe nem raça ,
Amargaste os reais prazeres,
Tirando do mundo sua graça.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Eu quero um carro,
Eu quero roupas novas,
Eu quero mais dinheiro."
"A sociedade deste século está embasada em duas palavras: um pronome e um verbo. O pronome é o 'eu', revelando nosso carater egoísta; o verbo é 'querer', mostrando que fomos escravizados por esse consumismo exacerbado."
Oh, capitalismo cruel,
Que das pobres vidas humanas,
Transformaste o mel em fel,
E tornaste-as profanas.
Fizeste isso sem dó,
Ocultaste a sabedoria,
Tornaste o homem pó,
E tiraste toda alegria.
Das cidades fizeste altar,
Dos campos a ignorância,
Aos homens ensinaste o falar,
Da abominável petulância.
Escravizaste a todos os seres,
Sem distinguir classe nem raça ,
Amargaste os reais prazeres,
Tirando do mundo sua graça.
(Carlos A. T. Rossignolo)
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Fases
Quando somos crianças,
Tudo é perfeito, colorido,
É tudo tão amável, aprazível,
As coisas se encaixam.
Vai passando o tempo,
A vida vai tirando suas máscaras,
O tempo não cura as coisas,
Apenas nos faz esquecê-las em outras piores.
Não vejo esperança, não vejo caminho,
Estou a trilhar essa estrada, sozinho,
E o meu destino, incerto.
As coisas passam, mas demoram,
Os meus olhos não param, choram.
As vezes tudo perde o setido...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Tudo é perfeito, colorido,
É tudo tão amável, aprazível,
As coisas se encaixam.
Vai passando o tempo,
A vida vai tirando suas máscaras,
O tempo não cura as coisas,
Apenas nos faz esquecê-las em outras piores.
Não vejo esperança, não vejo caminho,
Estou a trilhar essa estrada, sozinho,
E o meu destino, incerto.
As coisas passam, mas demoram,
Os meus olhos não param, choram.
As vezes tudo perde o setido...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Quero Parar
O que fazer quando sua mente para,
quando seu coração se enche de sombra,
seus sonhos caem por terra, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quando o mundo oprime,
quando as coisas estão fora do lugar,
suas forças te faltam, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quendo todos são iguais,
quando ninguém é capaz de ajudar,
a luz não traspõe as sombras, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quando tudo está perto e fica distante,
quando neste mundo você é extrangeiro,
se pega em algo sublime pra acreditar, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer? Podemos parar? Não.
E de onde arrancaremos forçar para continuar?
Isso eu não sei.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quando seu coração se enche de sombra,
seus sonhos caem por terra, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quando o mundo oprime,
quando as coisas estão fora do lugar,
suas forças te faltam, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quendo todos são iguais,
quando ninguém é capaz de ajudar,
a luz não traspõe as sombras, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer quando tudo está perto e fica distante,
quando neste mundo você é extrangeiro,
se pega em algo sublime pra acreditar, e a vida
apenas quer continuar?
O que fazer? Podemos parar? Não.
E de onde arrancaremos forçar para continuar?
Isso eu não sei.
(Carlos A. T. Rossignolo)
When I am thinking of you
The world stop to turn
My mind go crazy
And the sky feels like blue
The Earth singing, the birds
Flying in the infinite
The flowers shows your brightness
And the sky feels like blue
My mouth moistened
My eyes fixate on you
The rain show me your face
And the sky feels like blue
(Carlos A. T. Rossignolo)
The world stop to turn
My mind go crazy
And the sky feels like blue
The Earth singing, the birds
Flying in the infinite
The flowers shows your brightness
And the sky feels like blue
My mouth moistened
My eyes fixate on you
The rain show me your face
And the sky feels like blue
(Carlos A. T. Rossignolo)
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Efeito Estufa
Oh, Calíope! Que deste inspiração
A Camões em sua bela epopeia,
Que dos homens tocas o vil coração,
Concedas forças em minha alva estreia,
Nessa sociedade de crua aversão,
Rogo, peço, imploro de cefaleia,
Que abras os olhos do homem ao vento
E lhes dá, piedosa, discernimento.
Oh, Tágides! Que repousam no Tejo,
De Portugal gritem ao mundo inteiro,
Que aqui em Nova Terra eu invejo,
A fé que ainda dorme no mosteiro.
Aos poderes a mudança eu pelejo,
E dizem que o Brasil será celeiro
Do mundo. Morrem as nossas florestas,
Intensifica a estufa que molesta.
(Carlos A. T. Rossignolo)
A Camões em sua bela epopeia,
Que dos homens tocas o vil coração,
Concedas forças em minha alva estreia,
Nessa sociedade de crua aversão,
Rogo, peço, imploro de cefaleia,
Que abras os olhos do homem ao vento
E lhes dá, piedosa, discernimento.
Oh, Tágides! Que repousam no Tejo,
De Portugal gritem ao mundo inteiro,
Que aqui em Nova Terra eu invejo,
A fé que ainda dorme no mosteiro.
Aos poderes a mudança eu pelejo,
E dizem que o Brasil será celeiro
Do mundo. Morrem as nossas florestas,
Intensifica a estufa que molesta.
(Carlos A. T. Rossignolo)
domingo, 15 de agosto de 2010
Por Nome Poesia
Oh! Poesia tão crua,
Dos amantes foste a lua,
Dos poetas foste a alma,
E pra mim trouxeste a calma.
Em teus braços me entreguei,
Teus caprichos eu fiz lei,
Dei teu nome em oração,
Te plantei no coração.
Mas neste mundo de aflição,
Em ti veio a decepção,
Por não ser valorizada,
Em um cofre foi trancada.
Ficaste distante a mim,
Sem sua graça sem fim,
E à ciência me entreguei,
Mas foi tu quem eu amei.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Dos amantes foste a lua,
Dos poetas foste a alma,
E pra mim trouxeste a calma.
Em teus braços me entreguei,
Teus caprichos eu fiz lei,
Dei teu nome em oração,
Te plantei no coração.
Mas neste mundo de aflição,
Em ti veio a decepção,
Por não ser valorizada,
Em um cofre foi trancada.
Ficaste distante a mim,
Sem sua graça sem fim,
E à ciência me entreguei,
Mas foi tu quem eu amei.
(Carlos A. T. Rossignolo)
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Se vai sorrir, gargalhe;
Se vai chorar; desespere-se;
Se vai gritar, berre.
Se vai sorrir, gargalhe;
Se vai chorar; desespere-se;
Se vai gritar, berre.
Se vai dançar, pule;
Se vai andar, corra;
Se vai escrever, poetize.
Se vai tentar, faça;
Se vai sonhar, conquiste;
Se vai amar, entregue-se;
Se vai viver, ame.
Viva o extremo de suas emoções,
Pois é isso que nos torna humanos.
CARPE DIEM.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Se vai chorar; desespere-se;
Se vai gritar, berre.
Se vai sorrir, gargalhe;
Se vai chorar; desespere-se;
Se vai gritar, berre.
Se vai dançar, pule;
Se vai andar, corra;
Se vai escrever, poetize.
Se vai tentar, faça;
Se vai sonhar, conquiste;
Se vai amar, entregue-se;
Se vai viver, ame.
Viva o extremo de suas emoções,
Pois é isso que nos torna humanos.
CARPE DIEM.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Sophia
Em alvos campos de conhecimento,
Me banho em lagos cristalinos,
Das músicas entoadas pelo vento,
Ouço o toque macio do grave sino.
Viajo pelo vazio vago do subconsciente,
Nas épicas batalhas me sinto herói,
Em meu mundo sou contente,
Tenho sonhos que não se destroem.
Sou o deus da poesia,
Esclareço as verdades mundanas,
Tenho por nome Sophia.
Ajudei a classe tirana,
Que governou de forma fria,
E conduziu a sociedade profana.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Me banho em lagos cristalinos,
Das músicas entoadas pelo vento,
Ouço o toque macio do grave sino.
Viajo pelo vazio vago do subconsciente,
Nas épicas batalhas me sinto herói,
Em meu mundo sou contente,
Tenho sonhos que não se destroem.
Sou o deus da poesia,
Esclareço as verdades mundanas,
Tenho por nome Sophia.
Ajudei a classe tirana,
Que governou de forma fria,
E conduziu a sociedade profana.
(Carlos A. T. Rossignolo)
domingo, 8 de agosto de 2010
Decepção
Na vida tudo é simples ilusão,
Não há amores, senão na mente,
Nós criamos nossa severa prisão,
Nos concretamos em um ser ausente.
Somos pó, diante de algo tão alvo,
Que não compreendemos nosso ser,
Achando que estamos a salvo,
Em nosso ínfimo e rápido viver.
Pessoas passam, nos decepcionam,
Anos passam, nós caminhamos,
Os sentimentos passam, nos abandonam.
Está tudo nas mãos de um ser supremo,
Que nos conduz por seu amor.
Tudo passa! Tudo ao extremo...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Não há amores, senão na mente,
Nós criamos nossa severa prisão,
Nos concretamos em um ser ausente.
Somos pó, diante de algo tão alvo,
Que não compreendemos nosso ser,
Achando que estamos a salvo,
Em nosso ínfimo e rápido viver.
Pessoas passam, nos decepcionam,
Anos passam, nós caminhamos,
Os sentimentos passam, nos abandonam.
Está tudo nas mãos de um ser supremo,
Que nos conduz por seu amor.
Tudo passa! Tudo ao extremo...
(Carlos A. T. Rossignolo)
sábado, 7 de agosto de 2010
Uvas Passas
Em repentino momento,
Olhei para o triste vento,
Que para mim ele uivava,
E as misérias entregava.
"Não existe perfeição,
Nem mesmo um bom coração,
Que ao longo da vida não
Murche na má solidão."
E com ouvidos tampados,
Ainda ouvia o som,
Em minha mente calado.
E o vento ia passando,
Pelas escuras colinas,
E sua dor espalhando.
(Pelas escuras colinas
O vento ia passando,
E abrindo suas latrinas.)
(Carlos A. T. Rossingolo)
Olhei para o triste vento,
Que para mim ele uivava,
E as misérias entregava.
"Não existe perfeição,
Nem mesmo um bom coração,
Que ao longo da vida não
Murche na má solidão."
E com ouvidos tampados,
Ainda ouvia o som,
Em minha mente calado.
E o vento ia passando,
Pelas escuras colinas,
E sua dor espalhando.
(Pelas escuras colinas
O vento ia passando,
E abrindo suas latrinas.)
(Carlos A. T. Rossingolo)
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Solunar
Olho para o dia de lua,
Vejo a noite de sol,
Por não ter a boca tua,
Me remexo no lençol.
Há noites de sol,
Há dias de lua,
Me fisga como anzol,
Essa linda face tua.
Eu águo tua flor,
Com minhas lágrimas de dor,
Que avivam seu esplendor.
Tu, como a lua, não vês a mim,
Eu, como sol, nutro seu jardim,
Com os raios de paixão sem fim.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Vejo a noite de sol,
Por não ter a boca tua,
Me remexo no lençol.
Há noites de sol,
Há dias de lua,
Me fisga como anzol,
Essa linda face tua.
Eu águo tua flor,
Com minhas lágrimas de dor,
Que avivam seu esplendor.
Tu, como a lua, não vês a mim,
Eu, como sol, nutro seu jardim,
Com os raios de paixão sem fim.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Lusolar
Essa luz solar que de noite brota,
Me faz sentir o voo de uma gaivota,
Voando sobre o céu estrelado em cores,
Experimentando dos algodões os sabores.
Aos pés, a imensidão azul do mar,
Que de alegria à gaivota, rouba um cantar,
A Lua amando o Sol e sua sequidão,
E na noite conota eterna solidão.
Não há lua no céu,
Não há lua no mar,
Não repele como fel,
Não agrada como manjar.
Tudo é ilusão,
Que dos amores sofrerão,
Nessa vasta imensidão,
Que cabe em um coração.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Me faz sentir o voo de uma gaivota,
Voando sobre o céu estrelado em cores,
Experimentando dos algodões os sabores.
Aos pés, a imensidão azul do mar,
Que de alegria à gaivota, rouba um cantar,
A Lua amando o Sol e sua sequidão,
E na noite conota eterna solidão.
Não há lua no céu,
Não há lua no mar,
Não repele como fel,
Não agrada como manjar.
Tudo é ilusão,
Que dos amores sofrerão,
Nessa vasta imensidão,
Que cabe em um coração.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Soneto a Santiago
"A Machado de Assis, que me concedeu
o primeiro, o décimo primeiro e o
décimo segundo versos deste soneto."
o primeiro, o décimo primeiro e o
décimo segundo versos deste soneto."
Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura!
Tu me examinas assim como um réu,
Pousas os olhos sobre mim, crua,
Que pairam, de cigana e de ressaca, no céu.
De cigana astuta, oblíqua e dissimulada,
De ressaca, que me traga e mantém
Meu querer em sua boca adocicada,
E de réu, me faz seu maior refém.
Deixo minha mãe, minha casa,
Minhas esperanças em seu coração,
Para poder ser livre, abrir as asas.
Perde-se a vida e ganha-se a batalha?
Ou perde-se a batalha e ganha-se a vida?
É um delicado fio, na face de uma navalha.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Miles Away
Estava muito distante,
A pensar em seu olhar,
Deslumbrava por um instante,
Em seus cabelos o vento soprar.
Meus olhos fitavam os seus,
Suspiros eram invocados por nós,
Seus olhos fitavam os meus,
Estávamos dois, a sós.
Sua mão se entrelaçou à minha,
E ficaram em fogo ardente,
Grudadas como a vinha,
Observando o sol poente.
Meu sorriso me traiu,
Esbanjava satisfação,
Uma lágrima de seus olhos caiu,
E regou a flor em meu coração.
Em um momento divino,
Os anjos com as asas esconderam,
O sol que estava caindo,
E os corações da Terra amoleceram.
Só os anjos testemunharam aquele beijo,
Aquele beijo leve, doce, a molhar,
A conceder a luz e meu desejo,
Que estavam vindo nas ondas do mar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
A pensar em seu olhar,
Deslumbrava por um instante,
Em seus cabelos o vento soprar.
Meus olhos fitavam os seus,
Suspiros eram invocados por nós,
Seus olhos fitavam os meus,
Estávamos dois, a sós.
Sua mão se entrelaçou à minha,
E ficaram em fogo ardente,
Grudadas como a vinha,
Observando o sol poente.
Meu sorriso me traiu,
Esbanjava satisfação,
Uma lágrima de seus olhos caiu,
E regou a flor em meu coração.
Em um momento divino,
Os anjos com as asas esconderam,
O sol que estava caindo,
E os corações da Terra amoleceram.
Só os anjos testemunharam aquele beijo,
Aquele beijo leve, doce, a molhar,
A conceder a luz e meu desejo,
Que estavam vindo nas ondas do mar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Memórias
Vago sozinho pelas noites escuras,
Sinto a névoa cobrir minha face triste,
Não há mais ninguém solitário na rua,
E já não sei se o perdão existe.
Navego perdido pelas minhas memórias,
Tentando me encontrar em algum lugar,
Tentando escrever minha própria história,
Sob a face pura do luar.
Olho para um lado e há escuridão,
Olho para outro e temor entra em meu coração,
Não sei se existe o perdão,
Ou se é fruto da minha imaginação.
Se real for, um dia saberei,
Se não for tarde demais, sonharei,
E se for pra ser, alcançarei.
Estarei lutando, buscando minha paz,
Que vem em bandeja, e o Serafim a traz,
Puro, alvo, calmo e num sopro, se desfaz.
Ao olhar não o vejo mais, escureceu,
Seu doce olhar de misericórdia desapareceu,
E consigo seu canto alegre emudeceu.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Sinto a névoa cobrir minha face triste,
Não há mais ninguém solitário na rua,
E já não sei se o perdão existe.
Navego perdido pelas minhas memórias,
Tentando me encontrar em algum lugar,
Tentando escrever minha própria história,
Sob a face pura do luar.
Olho para um lado e há escuridão,
Olho para outro e temor entra em meu coração,
Não sei se existe o perdão,
Ou se é fruto da minha imaginação.
Se real for, um dia saberei,
Se não for tarde demais, sonharei,
E se for pra ser, alcançarei.
Estarei lutando, buscando minha paz,
Que vem em bandeja, e o Serafim a traz,
Puro, alvo, calmo e num sopro, se desfaz.
Ao olhar não o vejo mais, escureceu,
Seu doce olhar de misericórdia desapareceu,
E consigo seu canto alegre emudeceu.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Iluminado
Estavam os raios de luz monocromáticos na janela,
Em que passavam refratando e refletindo;
O som que saia da tampa da panela,
Ia me atingir, me fazer calar, ouvindo.
Essa ondas vibravam, diferentes das do mar,
Me atingiam, me tocavam, traduziam;
Conflitavam com meu eu, me fazia pensar,
E assim, as crianças que as ouviam, sonhavam.
No canto da sala um piano que tocava,
Espalhava suas notas melancólicas pelo ar,
E meus ouvidos, do mundo me cegava.
Só havia o sentir, não conseguia mais pensar,
E o vento deslizante que chegava,
Trazia os suspiros satisfeitos das ninfas do mar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Em que passavam refratando e refletindo;
O som que saia da tampa da panela,
Ia me atingir, me fazer calar, ouvindo.
Essa ondas vibravam, diferentes das do mar,
Me atingiam, me tocavam, traduziam;
Conflitavam com meu eu, me fazia pensar,
E assim, as crianças que as ouviam, sonhavam.
No canto da sala um piano que tocava,
Espalhava suas notas melancólicas pelo ar,
E meus ouvidos, do mundo me cegava.
Só havia o sentir, não conseguia mais pensar,
E o vento deslizante que chegava,
Trazia os suspiros satisfeitos das ninfas do mar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Divino
Me encontro aflito, apático, triste,
Não me apetece mais atuar,
Se é que o Amor existe,
Ele não me ensinou amar.
Oh Deus! Em sua mais bela criação,
Tu nos deste sabedoria,
E não tenho em meu coração,
O mais nobre sentimento que temia.
Tu fizeste céu e terra,
E não olhaste para mim,
Estou comigo em guerra,
Ao olhar o mundo, só vejo fim.
Tu me deste esses lábios,
Essas mãos que escrevem poesia,
Mas eles já estão cálidos,
Não há mais a vontade que sentia.
Estou triste, estou morrendo,
A vida tornou-se escura,
Não consigo continuar vivendo,
Não vejo mais sua face pura.
Tu se ausentaste de mim por agrado,
Não sinto mais sua presença,
Não me deixarás seu legado,
Se eu falhar na crença?
Tu, bom pai,
Que ama o mais desprezível ser,
Sabes que nos atrai
Esse mal que nos faz morrer.
Queria uma chance,
Um voto de confiança,
Assim quem sabe alcance,
A tão linda fé de uma criança!
(Carlos A. T. Rossignolo)
Não me apetece mais atuar,
Se é que o Amor existe,
Ele não me ensinou amar.
Oh Deus! Em sua mais bela criação,
Tu nos deste sabedoria,
E não tenho em meu coração,
O mais nobre sentimento que temia.
Tu fizeste céu e terra,
E não olhaste para mim,
Estou comigo em guerra,
Ao olhar o mundo, só vejo fim.
Tu me deste esses lábios,
Essas mãos que escrevem poesia,
Mas eles já estão cálidos,
Não há mais a vontade que sentia.
Estou triste, estou morrendo,
A vida tornou-se escura,
Não consigo continuar vivendo,
Não vejo mais sua face pura.
Tu se ausentaste de mim por agrado,
Não sinto mais sua presença,
Não me deixarás seu legado,
Se eu falhar na crença?
Tu, bom pai,
Que ama o mais desprezível ser,
Sabes que nos atrai
Esse mal que nos faz morrer.
Queria uma chance,
Um voto de confiança,
Assim quem sabe alcance,
A tão linda fé de uma criança!
(Carlos A. T. Rossignolo)
Dead Poets Society
Poesia é entender a vida,
Escrever é ser humano,
Libertar-se da mais pura lida,
E enfrentar o tirano.
Ser poeta é compartilhar
Amores, dores, alegria e medo,
Em uma caverna declamar,
O livro apoiado aos dedos.
A vida deve ser desafiada,
Entendida. Em si respeitada,
Pois é frágil, entre a espada.
Sou poeta, sou ator
No palco da vida, no amor,
Enchendo-me de esplendor.
Carpe Diem...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Escrever é ser humano,
Libertar-se da mais pura lida,
E enfrentar o tirano.
Ser poeta é compartilhar
Amores, dores, alegria e medo,
Em uma caverna declamar,
O livro apoiado aos dedos.
A vida deve ser desafiada,
Entendida. Em si respeitada,
Pois é frágil, entre a espada.
Sou poeta, sou ator
No palco da vida, no amor,
Enchendo-me de esplendor.
Carpe Diem...
(Carlos A. T. Rossignolo)
Angelical
Em minha cabeça havia um pensamento,
Tímido, fraco, transparente como o vento,
E ganhava volume com o tempo, me fazia aflito,
Fazia em mim uma guerra, um enorme conflito.
Era puro, alvo e provinha do amor,
Queria o bem ao meu semelhante sem dor,
Queria estar perto, queria acariciar,
Poder fazer de seu leve colo, seu deitar.
Mas esse sentimento não era correspondido,
E então ao anjo atendi o pedido,
Arranquei-o de minha mente sem medo,
E ao anjo entreguei esse meu profundo segredo.
Não é justo amar desta forma incondicional,
Sem ser ao menos respeitado, ser livre do mal,
Não há razão nisto, nunca haverá,
E a morte deste sentimento, o brilho angelical velará.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Tímido, fraco, transparente como o vento,
E ganhava volume com o tempo, me fazia aflito,
Fazia em mim uma guerra, um enorme conflito.
Era puro, alvo e provinha do amor,
Queria o bem ao meu semelhante sem dor,
Queria estar perto, queria acariciar,
Poder fazer de seu leve colo, seu deitar.
Mas esse sentimento não era correspondido,
E então ao anjo atendi o pedido,
Arranquei-o de minha mente sem medo,
E ao anjo entreguei esse meu profundo segredo.
Não é justo amar desta forma incondicional,
Sem ser ao menos respeitado, ser livre do mal,
Não há razão nisto, nunca haverá,
E a morte deste sentimento, o brilho angelical velará.
(Carlos A. T. Rossignolo)
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Nevoeiro
Era um entardecer cansativo e frio,
Entre as árvores luzia uma fúnebre luz,
Naquele branco pálido sentia um vaziu,
Algo que a solidão e a morte nos conduz.
Sentado em um banco quebrado,
Embaixo de uma grande e negra árvore,
Olhava os movimentos, as pessoas ao lado,
Que estavam gélidas como o mármore.
Das trevas saiam sons,
Das moitas corriam ventos,
Das bocas proviam dons.
A cada passo me fazia atento,
Olhava o relógio em tons,
E precisava ir, por em movimento.
(Carlos A. T. Rossignolo)
terça-feira, 29 de junho de 2010
Reflexão
Novo Amor
“No romantismo a idealização, no simbolismo a melancolia do amor.
Há uma nova forma de amar, um amor moderado, lógico, controlável.”
Amor meu!
Te amo assim, desse jeito,
Que do calor dos peitos seus,
Já após o beijo, desfeito,
Olhando o azul dos céus.
Amo de vez em vez!
Não quero ser pressionado,
Viverei livre como beija-flor,
Não serei aprisionado,
Pelo seu ingrato amor.
Amo logicamente!
As horas que contigo passo,
São preciosas, ficam na memória,
Mas, logo após, me livro do seu laço,
Sozinho farei história.
Amo moderadamente!
Tenho uma vida para viver,
E você também a tem,
Por ti não hei de sofrer,
Distanciando-me, porém.
Amo disfarçadamente!
Do sorriso sincero,
Tens de mim a gratidão,
Por entender este esmero,
Do fundo de meu coração.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Há uma nova forma de amar, um amor moderado, lógico, controlável.”
Amor meu!
Te amo assim, desse jeito,
Que do calor dos peitos seus,
Já após o beijo, desfeito,
Olhando o azul dos céus.
Amo de vez em vez!
Não quero ser pressionado,
Viverei livre como beija-flor,
Não serei aprisionado,
Pelo seu ingrato amor.
Amo logicamente!
As horas que contigo passo,
São preciosas, ficam na memória,
Mas, logo após, me livro do seu laço,
Sozinho farei história.
Amo moderadamente!
Tenho uma vida para viver,
E você também a tem,
Por ti não hei de sofrer,
Distanciando-me, porém.
Amo disfarçadamente!
Do sorriso sincero,
Tens de mim a gratidão,
Por entender este esmero,
Do fundo de meu coração.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Bivalente
Eu, poeta, vejo graça nas voltas da vida,
Sinto prazer em compartilhar esse momento,
Que da minha bagagem traz a lida,
Da sorte, amor, sentimento ao vento.
Sinto alegria, vejo um ângulo diferente,
Tenho em meu peito a poesia, sensibilidade,
Vejo um mundo progressista, reluzente,
Não vejo defeitos, sim complexidade.
Eu, homem, não sei a graça de viver,
Vivo triste, sozinho, no mundo real,
Não tenho a fuga da poesia, saber,
Só sinto a dissertação, que me é letal.
O mundo é cinza, áspero e rude,
Só dá vitória aos pessimistas, solidão,
Tentei. Tentei fazer o que pude,
Mas a amargura sempre volta ao coração.
Ó matemáticos! Se encontrares
Uma fórmula de coexistência,
Lancem-na toda aos ares,
Se não, pa-ciência.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Sinto prazer em compartilhar esse momento,
Que da minha bagagem traz a lida,
Da sorte, amor, sentimento ao vento.
Sinto alegria, vejo um ângulo diferente,
Tenho em meu peito a poesia, sensibilidade,
Vejo um mundo progressista, reluzente,
Não vejo defeitos, sim complexidade.
Eu, homem, não sei a graça de viver,
Vivo triste, sozinho, no mundo real,
Não tenho a fuga da poesia, saber,
Só sinto a dissertação, que me é letal.
O mundo é cinza, áspero e rude,
Só dá vitória aos pessimistas, solidão,
Tentei. Tentei fazer o que pude,
Mas a amargura sempre volta ao coração.
Ó matemáticos! Se encontrares
Uma fórmula de coexistência,
Lancem-na toda aos ares,
Se não, pa-ciência.
(Carlos A. T. Rossignolo)
domingo, 27 de junho de 2010
Atmosfera
Os pássaros em ti deleitam,
As nuvens se formam em teu leito,
Os raios solares te espreitam,
Eu, te respiro em meu peito.
Tu, atmosfera, vem e voa,
Em tuas asas quero estar,
Essa imensidão que me magoa,
Essa pressão intensa de ar.
Por ti eu livre seria,
E nos teus ares flutuantes,
Um ser feliz se fazia,
De todas as direções errantes.
Envolveria o planeta inteiro,
Em meus braços leves seria subjugado,
Exalaria um doce cheiro,
E aos céus o meu legado.
(Carlos A. T. Rossignolo)
As nuvens se formam em teu leito,
Os raios solares te espreitam,
Eu, te respiro em meu peito.
Tu, atmosfera, vem e voa,
Em tuas asas quero estar,
Essa imensidão que me magoa,
Essa pressão intensa de ar.
Por ti eu livre seria,
E nos teus ares flutuantes,
Um ser feliz se fazia,
De todas as direções errantes.
Envolveria o planeta inteiro,
Em meus braços leves seria subjugado,
Exalaria um doce cheiro,
E aos céus o meu legado.
(Carlos A. T. Rossignolo)
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Iluminado
Estavam os raios de luz monocromáticos na janela,
Em que passavam refratando e refletindo;
O som que saia da tampa da panela,
Ia me atingir, me fazer calar, ouvindo.
Essa ondas vibravam, diferentes das do mar,
Me atingiam, me tocavam, traduziam;
Conflitavam com meu eu, me fazia pensar,
E assim, as crianças que as ouviam, sonhavam.
No canto da sala um piano que tocava,
Espalhava suas notas melancólicas pelo ar,
E meus ouvidos, do mundo me cegava.
Só havia o sentir, não conseguia mais pensar,
E o vento deslizante que chegava,
Trazia os suspiros satisfeitos das ninfas do mar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Em que passavam refratando e refletindo;
O som que saia da tampa da panela,
Ia me atingir, me fazer calar, ouvindo.
Essa ondas vibravam, diferentes das do mar,
Me atingiam, me tocavam, traduziam;
Conflitavam com meu eu, me fazia pensar,
E assim, as crianças que as ouviam, sonhavam.
No canto da sala um piano que tocava,
Espalhava suas notas melancólicas pelo ar,
E meus ouvidos, do mundo me cegava.
Só havia o sentir, não conseguia mais pensar,
E o vento deslizante que chegava,
Trazia os suspiros satisfeitos das ninfas do mar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Viajem
Há lugares longínquos em que queremos estar,
Há na vida, mares em que podemos navegar,
Há escolhas e renúncias que iremos fazer,
Há um mundo afora que podemos ter.
Viajaria por terras negras e frias,
Com minha mente - uma pena na mão,
Preencheria de idéias revolucionárias folhas vazias,
E guardaria esses poemas em meu coração.
Em meu sangue corre o amor,
Em minhas veias a paixão,
Em minha mente apenas dor,
Causada pela sua ausência: solidão.
Tendes que viajar, cruzardes fronteiras,
Conhecerdes novos ares, atmosferas,
Recusardes vossa vida inteira,
Na ausência de um dia o qual esperas.
Em uma coisa somente consigo pensar,
Naqueles teus braços macios a me acariciar,
E como não os sinto aqui, volto a sofrer,
Por querer uma coisa a qual não posso ter.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Há na vida, mares em que podemos navegar,
Há escolhas e renúncias que iremos fazer,
Há um mundo afora que podemos ter.
Viajaria por terras negras e frias,
Com minha mente - uma pena na mão,
Preencheria de idéias revolucionárias folhas vazias,
E guardaria esses poemas em meu coração.
Em meu sangue corre o amor,
Em minhas veias a paixão,
Em minha mente apenas dor,
Causada pela sua ausência: solidão.
Tendes que viajar, cruzardes fronteiras,
Conhecerdes novos ares, atmosferas,
Recusardes vossa vida inteira,
Na ausência de um dia o qual esperas.
Em uma coisa somente consigo pensar,
Naqueles teus braços macios a me acariciar,
E como não os sinto aqui, volto a sofrer,
Por querer uma coisa a qual não posso ter.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Quase Gente
“Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás.
E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme.
As crianças espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme,
num chiqueiro enorme.
O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes.”
(Vidas Secas - Graciliano Ramos)
E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme.
As crianças espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme,
num chiqueiro enorme.
O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes.”
(Vidas Secas - Graciliano Ramos)
Era tarde avermelhada no sertão,
E as feridas já lhe causavam dor,
A doença lhe abatera como furacão,
E sua boca já não sentia o sabor.
Uma angústia apertava seu coração,
As moscas lhe causavam fétido odor,
Queria rolar-se na lama como um furão,
Ver as crianças brincando com amor.
No pátio viu o metal reluzente,
Que estava mirando em sua direção,
No fulgor do barulho estridente,
Não sentia seu corpo, ouviu uma oração.
Seu calor era duramente roubado,
Fraca, queria latir, morder,
Olhava para o céu estrelado,
E gostava, não queria morrer.
(Carlos A. T. R ossignolo)
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Cadeia Cultural
“Havia muitas coisas. Ele não podia explicá-las, mas havia.
Fossem perguntar a seu Tomás da bolandeira, que lia livros e sabia
onde tinha as ventas.
Seu Tomás da bolandeira contaria aquela história.
Ele, Fabiano, um bruto, não contava nada.”
(Vidas Secas - Graciliano Ramos)
Fossem perguntar a seu Tomás da bolandeira, que lia livros e sabia
onde tinha as ventas.
Seu Tomás da bolandeira contaria aquela história.
Ele, Fabiano, um bruto, não contava nada.”
(Vidas Secas - Graciliano Ramos)
Era um amontoado de pensamentos
Desorganizados e embaralhados na cabeça
Era mais fácil expressar em sentimentos
Todas as alegrias ou tristezas.
Era bruto, rude, áspero e aculturado
Queria falar, queria sentir
Queria deixar a alguém seu legado
Mas o que fazia era chorar ou sorrir.
Iria aprender a falar e articular palavras
Iria aprender a construir pensamentos
Iria deixar de apenas olhar as cabras
E seguir as letras veloz ou lento como o vento.
O mundo não lhe era amigo
E a seca mortal pairou no sertão
As esperanças mortas sumiram consigo
E deixaram um aperto em seu coração.
As catingas ralas, a paisagem morta
A vida lhe tirava a alegria
Os cactos, todos de postura torta
Com uma mancha verde causavam euforia.
E em um ciclo de prisão
Estava destinado a este triste fim
Não mudaria de vida, como os negros no porão
Vendo sempre o triste, apático, morto jardim.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Ilusão
Era um dia como outro qualquer. Decidi dar uma volta pelo campo que rodeava o casebre de palha onde era hóspede. Lá, no alto de uma colina, consegui presenciar a cena mais linda de toda minha pacata vida. Era entardecer, o sol estava preguiçoso deslizando seus raios de vermelho vivo sobre o leito das montanhas frias e cinzentas. As nuvens dançavam sobre seu véu reluzente, emitindo suas cores e transfigurando a terra a seus pés. No vale, um rio serpenteava por entre as montanhas ganhando espaço, ganhando direção, sentido, alimentando a vida. Suas coníferas estavam verdes, tapeteando seu aveludado aparentar pelas imensidões da imaginação. Os picos das altas montanhas pareciam tanger o céu, que revidava e espelhava sua imensidão e seu esplendor nas águas translúcidas e reflexivas do curso d’água que desaparecia pela fenda da vida.
(Carlos A. T. Rossignolo)
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Mythologia
O Uni-verso já não tinha mais governante
Os deuses olímpicos o trono exigiam
Os titãns se ajuntavam, um poder possante
Mas o Olimpo triunfou, sentiam.
Zeus assume o trono em reluzente brilho
Cria o homem, cria a vida, por descuido
E ela passa, desafia-o em trilhos
E com ela a decepção, mudo.
Criatura volta-se contra criador
Na terra, nos céus, nos mares
Já não se ouve mais a palavra amor
E em fúria, com um trovão, tudo pelos ares.
Não havia céu... Não havia terra... Não havia ar...
A humanidade sofria por não ter tido gratidão
E nem as ninfas que habitavam o mar
A Zeus podiam amolecer o coração.
O amor pago com ingratidão,
A vida paga com destruição,
A dádiva paga com privação,
E assim segue a humanidade...
Na mais profunda solidão!
(Carlos A. T. Rossignolo)
Túmulo Profundo
Em uma noite gélida, fria e morta em seu sentido
Quando das árvores caíam as últimas folhas sombrias
A névoa pairava sobre o campo alvo e abatido
Jazia uma linda jovem, que distante sua face a fazia
Seu sangue estava escuro, sem aquele vermelho vivo
Seus olhos não mais transmutavam aquele azul profundo
Suas mãos gélidas não me faziam seu cativo
Sua imutabilidade e impotência pregavam-na ao fundo
Os corvos cantavam um som fúnebre e vazio
Os vermes estavam a esperar sua carne aveludada
O vento fazia reverência a face morta - sopro frio
E ao mais profundo sono de desespero estava destinada
Sua beleza já se desfazia, seu corpo em decomposição
O ruído da noite desviava do túmulo da senhora
E não mais ouvia, aquele forte e ritmado som do coração
Que não mais batia com a leveza de outrora
Sua tumba, com pesado mármore, foi lacrada
Não havia volta, sentia o peso da terra
E sua boca, formadora de belas palavras - fechada
O anjo da outra vida, tocar a trombeta, imóvel, espera.
(Carlos A. T. Rossignolo)
"The most beautiful effect can not be banned
Would not it be something so eloquent bar target
All worth it, if love exists
Love without fear and say I love you!
Sacrifice yourself
Something that feels, it just feels
Does not translate with mere words
Decodes only the look and
Hear the heartbeat of your heart."
(Carlos A. T. Rossignolo)
Would not it be something so eloquent bar target
All worth it, if love exists
Love without fear and say I love you!
Sacrifice yourself
Something that feels, it just feels
Does not translate with mere words
Decodes only the look and
Hear the heartbeat of your heart."
(Carlos A. T. Rossignolo)
Idealização
Minha jornada cessa aqui, querida!
Em frias noites procurei seu calor
Tentei entender porque a vida
Me privou de seu amor
Embalsamado em meu pranto
Estendi a mão pro céu
Mas despedaçou meu recanto
Só a ti, em pensamento, fui fiel
Queria que os pássaros
Tivessem testemunhado nosso amor
Porém em meus braços
Abracei apenas dor
Por ti amei loucamente
Por ti risquei terra no quintal
Por ti sacrifiquei minha mente
Por ti, sendo algo irreal.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Em frias noites procurei seu calor
Tentei entender porque a vida
Me privou de seu amor
Embalsamado em meu pranto
Estendi a mão pro céu
Mas despedaçou meu recanto
Só a ti, em pensamento, fui fiel
Queria que os pássaros
Tivessem testemunhado nosso amor
Porém em meus braços
Abracei apenas dor
Por ti amei loucamente
Por ti risquei terra no quintal
Por ti sacrifiquei minha mente
Por ti, sendo algo irreal.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Flor-de-Lis
Pelos campos alvos e claros da França
Nasce, brota, cresce e morre a Flor
Os povos, sobre o poder do Sol têm esperança
Mas a Pátria lhes embute dor
Repressão, medo, angústia, miséria – absolutismo
Caráter de um sistema macrocefálico inútil
Onde o rei impõe seu egocentrismo
Braços, espadas, juntos em um golpe sutil
França! França! O que fez a ti Versailles?
Gastos, corte, nobreza. Seus filhos esperam
Terras, céu, ar e mares
Sejam firmes: exclamem! Conquistem o que nunca tiveram
Os amores, os perfumes, os sabores
Onde está tu, país que encontrou o céu azul?
Se esconde atrás das faces de um Império em dores
Que encontrou seu fim em Waterloo.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Nasce, brota, cresce e morre a Flor
Os povos, sobre o poder do Sol têm esperança
Mas a Pátria lhes embute dor
Repressão, medo, angústia, miséria – absolutismo
Caráter de um sistema macrocefálico inútil
Onde o rei impõe seu egocentrismo
Braços, espadas, juntos em um golpe sutil
França! França! O que fez a ti Versailles?
Gastos, corte, nobreza. Seus filhos esperam
Terras, céu, ar e mares
Sejam firmes: exclamem! Conquistem o que nunca tiveram
Os amores, os perfumes, os sabores
Onde está tu, país que encontrou o céu azul?
Se esconde atrás das faces de um Império em dores
Que encontrou seu fim em Waterloo.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Expressionismo
O sol a pino, seus raios tangentes
As árvores brilhavam, reluzentes
Os lagos, corriam por convecção
Os pássaros com seu canto, alegravam meu coração
A moça de vestidos ao vento
Balançava os negros cabelos me deixando atento
A brisa suave tocava meu rosto
E o banco de madeira me servia de encosto
Tudo mudou, os raios sumiram
As árvores balançavam e caiam
Os lagos negros, sem luz gritavam às margens
Os pássaros desordenados deformavam a paisagem
A moça segurando o vestido tanto
Prendeu os cabelos e fez perder seu encanto
A brisa gélida em mim soprava
O banco com o tempo já cambaleava
As nuvens desprendiam-se do céu
As pessoas não se assustaram
A distorção me deixava tenso como um réu
E assim, os anos passaram.
(Carlos A. T. Rossingolo)
Estrela na Janela
Olhava, sozinho e amargo,
Para o vazio obscuro do céu,
Não havia estrelas, não havia luz,
Não havia paz, nem nada.
Estava pedindo aos carrascos a palidez,
Queria fechar os olhos, descansar.
Jazido no meu pranto, no meu manto,
Não havia sentido algum,
Queria desistir, queria parar!
Mas você estava lá, estava a contemplar-me.
Estava a amar-me, sendo como sou.
Tu, oh estrela!
Tu brilhavas para mim quando o mundo me abandonou.
Tu, sozinha e alegre, resplandecias o céu,
A mim foste fiel, foste amiga, sincera.
Na minha janela, estrela foste.
Foste estrela na minha janela.
Estrela companheira, não dos sábios,
Nem dos astrônomos, mas de mim.
Deste pobre, fraco, errante ser.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Para o vazio obscuro do céu,
Não havia estrelas, não havia luz,
Não havia paz, nem nada.
Estava pedindo aos carrascos a palidez,
Queria fechar os olhos, descansar.
Jazido no meu pranto, no meu manto,
Não havia sentido algum,
Queria desistir, queria parar!
Mas você estava lá, estava a contemplar-me.
Estava a amar-me, sendo como sou.
Tu, oh estrela!
Tu brilhavas para mim quando o mundo me abandonou.
Tu, sozinha e alegre, resplandecias o céu,
A mim foste fiel, foste amiga, sincera.
Na minha janela, estrela foste.
Foste estrela na minha janela.
Estrela companheira, não dos sábios,
Nem dos astrônomos, mas de mim.
Deste pobre, fraco, errante ser.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Devaneios ao por do sol
Sentado na poltrona, via passando o tempo
Na janela, barulhos ecoavam com o vento
O nuvens formavam-se alegres e densas
A emoção e estranheza eram imensas
Luz, sombra, cansaço, esperança
O cinza colorido da noite dança
Desbota, rola, destorce a realidade
Vejo o mundo pela janela, maldade
Carros vão e vem, tudo passa
O tempo passa, a sorte descalça
Tenta correr pelas ruas quentes
E as pessoas em ranger de dentes
Nada dura, o tempo cura
A dor se transforma em sabedoria pura
Ao olhar: nada. Apenas uma janela pequena
E por ela, vejo o mundo e penso: que pena!
(Carlos A. T. Rossignolo)
Na janela, barulhos ecoavam com o vento
O nuvens formavam-se alegres e densas
A emoção e estranheza eram imensas
Luz, sombra, cansaço, esperança
O cinza colorido da noite dança
Desbota, rola, destorce a realidade
Vejo o mundo pela janela, maldade
Carros vão e vem, tudo passa
O tempo passa, a sorte descalça
Tenta correr pelas ruas quentes
E as pessoas em ranger de dentes
Nada dura, o tempo cura
A dor se transforma em sabedoria pura
Ao olhar: nada. Apenas uma janela pequena
E por ela, vejo o mundo e penso: que pena!
(Carlos A. T. Rossignolo)
Cálice
Não consigo pensar em algo para escrever
Não possuo ideias mirabolantes em minha cabeça
Se as tivesse, um dia talvez esqueça
Mas preciso sentir essa emoção, para poeta, viver.
Sinto o perfume das rosas que são brancas
Vejo a luz do luar penetrar pela janela
Tenho sonhos, lindos, por ela
Dela, lindos sonhos, ancas.
Não! Não posso me entregar a esse desejo vil
Não deixarei ao mundo um verme, desista!
Um parasita destruidor capitalista
Que do céu, com cinzas, retira o anil.
Serei eu, o mais puro ser
Que por não ser puro, morrerei
Morrerei sim, mas me eternizarei
Eternizarei nas obras, feitos, assim viverei.
Não tenho Sangue Real,
O Sangue Real não transmitirei, leal
O Santo Graal tenho por herança,
Do Santo Graal a esperança.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Não possuo ideias mirabolantes em minha cabeça
Se as tivesse, um dia talvez esqueça
Mas preciso sentir essa emoção, para poeta, viver.
Sinto o perfume das rosas que são brancas
Vejo a luz do luar penetrar pela janela
Tenho sonhos, lindos, por ela
Dela, lindos sonhos, ancas.
Não! Não posso me entregar a esse desejo vil
Não deixarei ao mundo um verme, desista!
Um parasita destruidor capitalista
Que do céu, com cinzas, retira o anil.
Serei eu, o mais puro ser
Que por não ser puro, morrerei
Morrerei sim, mas me eternizarei
Eternizarei nas obras, feitos, assim viverei.
Não tenho Sangue Real,
O Sangue Real não transmitirei, leal
O Santo Graal tenho por herança,
Do Santo Graal a esperança.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Athena
Tu, oh poderosa protetora
Protegeste a polis grega não por amor
Foste minha musa inspiradora
E em sua face não encontrei temor
Não eras pura, dos cabelos alvejados
Não tinhas olhos azuis, nem vestiste manto branco
Eras calma, singela em seu legado
Reluzia sim, não luz, mas seu encanto
Não foste sonho a mim, e sim alegria
Em visão tangível aparecia, me mostrando o mundo real
E em gestos brandos, calmos, uma epifania
Somente a ti, meu coração é leal
Somente a seus cabelos negros, harmonia
Somente em tua companhia, quero a vida eternal.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Anjo
Sua face translúcida e bela
Vem em sonhos me tanger
Da névoa envolta faz-se cela
E impõe à realidade a se esconder
Seus vestidos reluziam como prata
Seus olhos azuis ondulavam como oceano
Em sua imensidão me traga e mata
As minhas esperanças, amor tirano!
Em um instante triste e frio
Sua luz abandona meu vago ser
Tornando-me um completo vazio
Não há existência, não há viver
Sem você sou como um rio
Passando as águas sem perceber.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Vem em sonhos me tanger
Da névoa envolta faz-se cela
E impõe à realidade a se esconder
Seus vestidos reluziam como prata
Seus olhos azuis ondulavam como oceano
Em sua imensidão me traga e mata
As minhas esperanças, amor tirano!
Em um instante triste e frio
Sua luz abandona meu vago ser
Tornando-me um completo vazio
Não há existência, não há viver
Sem você sou como um rio
Passando as águas sem perceber.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Amor Arterial
Do corpo passa ao coração
Veia cava
Do átrio e ventrículo direito ao pulmão
Artéria pulmonar
Do pulmão ao átrio e ventrículo esquerdo
Veia pulmonar
Do ventrículo esquerdo, arterial, para o corpo
Artéria aorta
Esse é o caminho
Longo, rápido, pulsante
Meu sangue se transforma, hematose
Meu coração bate cada vez mais forte
Por ti, Fero Amor
Por ti, Coração
Por ti, Solidão
Por ti, Minha amada!
(Carlin A. T. Rossignolo)
Veia cava
Do átrio e ventrículo direito ao pulmão
Artéria pulmonar
Do pulmão ao átrio e ventrículo esquerdo
Veia pulmonar
Do ventrículo esquerdo, arterial, para o corpo
Artéria aorta
Esse é o caminho
Longo, rápido, pulsante
Meu sangue se transforma, hematose
Meu coração bate cada vez mais forte
Por ti, Fero Amor
Por ti, Coração
Por ti, Solidão
Por ti, Minha amada!
(Carlin A. T. Rossignolo)
Alice no País das Loucuras Maravilhosas
Alice! Por que conversas com animais?
Por que dá atenção a uma lagarta?
Por que recusas aos permanentes sinais
De que sua personalidade está cortada?
Olhe! Se olhe em um espelho qualquer
Conheças quem tu és
Uma menina, uma moça, uma mulher.
Não cresças a ponto de não ver seus pés.
Do narguilè sai a charada: quem é você?
Da mente confusa e alucinada sai um “não sei”
E assim o Oráculo prevê
Que da Rainha de Copas acabará a lei.
Viva, viva nesse País, viva esse País
Veja as flores coloridas, que pintam de aquarela o céu
Que fazem seus moradores pseudo-feliz
E que as cabeças cortadas saltam dos réus.
Mas da terra nasce a rosa.
A rosa da esperança, não rosa nem vermelha
Que desabrocha, branca, entre a corte e goza
Da verdadeira Rainha em que se espelha.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Por que dá atenção a uma lagarta?
Por que recusas aos permanentes sinais
De que sua personalidade está cortada?
Olhe! Se olhe em um espelho qualquer
Conheças quem tu és
Uma menina, uma moça, uma mulher.
Não cresças a ponto de não ver seus pés.
Do narguilè sai a charada: quem é você?
Da mente confusa e alucinada sai um “não sei”
E assim o Oráculo prevê
Que da Rainha de Copas acabará a lei.
Viva, viva nesse País, viva esse País
Veja as flores coloridas, que pintam de aquarela o céu
Que fazem seus moradores pseudo-feliz
E que as cabeças cortadas saltam dos réus.
Mas da terra nasce a rosa.
A rosa da esperança, não rosa nem vermelha
Que desabrocha, branca, entre a corte e goza
Da verdadeira Rainha em que se espelha.
(Carlos A. T. Rossignolo)
domingo, 20 de junho de 2010
Vaga-lume
Em noites desesperadoras
A inveja corrompe o ser humano
As vagas batem enfurecidas em zorras
E o divino torna-se profano.
No céu um vaga-lume...
A bruma e a névoa se curvam
Em reverência a esse pequeno ser
E as areias não mais se assustavam
Que em sua luz vieram a resplandecer.
Na terra um vaga-lume...
Poseidon em sua imensidão
Deixa as profundezas de seu mar
E sente em seu gélido coração
Aquele pequeno alumiar.
No mar um vaga-lume...
Na noite sombria brilha uma estrela a mais
A mais linda de todas, a mais pequena
E percebe todo o ser vivente no cais
Que a vida já não os condena.
Fez de seu brilho a Esperança, oh vaga-lume!
(Carlos A. T. Rossignolo)
A inveja corrompe o ser humano
As vagas batem enfurecidas em zorras
E o divino torna-se profano.
No céu um vaga-lume...
A bruma e a névoa se curvam
Em reverência a esse pequeno ser
E as areias não mais se assustavam
Que em sua luz vieram a resplandecer.
Na terra um vaga-lume...
Poseidon em sua imensidão
Deixa as profundezas de seu mar
E sente em seu gélido coração
Aquele pequeno alumiar.
No mar um vaga-lume...
Na noite sombria brilha uma estrela a mais
A mais linda de todas, a mais pequena
E percebe todo o ser vivente no cais
Que a vida já não os condena.
Fez de seu brilho a Esperança, oh vaga-lume!
(Carlos A. T. Rossignolo)
terça-feira, 8 de junho de 2010
POESIA PURA
Para que estimá-la? Ou distorcê-la?
Podemos senti-la, apreciá-la, amá-la.
Podemos tecê-la. Não! Isso é coisa de parnasiano aguado.
Apenas podemos deixá-la se construir.
(Carlos A. T. Rossignolo)
NOVA ISMÁLIA
“Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar”
(Ismália, Alphonsus de Guimaraens)
Seu corpo desceu ao mar”
(Ismália, Alphonsus de Guimaraens)
Ismália logo percebeu,
Que não havia paz em seu cantar...
Viu em sua cabeça um véu,
Viu em seu semblante o chorar.
Seu mundo se escureceu,
As máquinas queria quebrar...
Queria a igualdade para os seus,
Queria seu pranto enxugar...
Na loucura em que se deu,
Em seu íntimo pôs-se a gritar...
Estava longe do céu,
Estava decidida a morte se entregar.
E com heroína se deu,
O seu triste pesar...
Enlouqueceu, emudeceu,
Já não podia mais cantar...
Seu corpo entregue aos seus,
Sua alma a vagar...
Não havia mais véu,
Não havia mais cantar.
(Carlos A. T. Rossignolo)
ANJO
Sua face translúcida e bela
Vem em sonhos me tanger
Da névoa envolta faz-se cela
E impõe à realidade a se esconder
Seus vestidos reluziam como prata
Seus olhos azuis ondulavam como oceano
Em sua imensidão me traga e mata
As minhas esperanças, amor tirano!
Em um instante triste e frio
Sua luz abandona meu vago ser
Tornando-me um completo vazio
Não há existência, não há viver
Sem você sou como um rio
Passando as águas sem perceber.
(Carlos A. T. Rossignolo)
Vem em sonhos me tanger
Da névoa envolta faz-se cela
E impõe à realidade a se esconder
Seus vestidos reluziam como prata
Seus olhos azuis ondulavam como oceano
Em sua imensidão me traga e mata
As minhas esperanças, amor tirano!
Em um instante triste e frio
Sua luz abandona meu vago ser
Tornando-me um completo vazio
Não há existência, não há viver
Sem você sou como um rio
Passando as águas sem perceber.
(Carlos A. T. Rossignolo)
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